Começou na madrugada desta segunda-feira, 10, um movimento de bloqueio da rodovia Transamazônica (BR-230), no trecho entre os distritos de Transaraguaia e Macaúba, no município de Araguatins, sentido São Bento, no Bico do Papagaio.
Líderes do movimento, disseram ao webjornal Folha do Bico que o ato é motivado pela ordem Judicial de reintegração de posse do Acampamento Esmeraldo, instalado a cerca de 3 anos as margens da Transamazônica, na frente da Fazenda que leva o mesmo nome do acampamento, que é de propriedade Companhia Siderúrgica do Pará (COSIPAR).
O movimento é organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que não concorda com a decisão judicial e solicita junto aos órgãos competente ações que possam viabilizar a permanência e manutenção do acampamento Esmeralda.
O referido acampamento conta com 240 famílias à espera da reforma agrária, por meio do INCRA.
O MST por meio de Nota, disse que motivado por sentimento de perseguição, preconceito e discriminação, a COSIPAR resolveu mover a Ação Judicial contra as famílias Sem Terra, que no momento, ocupam a área de domínio da rodovia federal, situado exclusivamente às margens da Transamazônica e entende que Ação se dá pelo fato do acampamento se encontrar limitando-se com o cercado à frente da área da fazenda.
O MST diz ainda que entende que a Ação Judicial carece de uma análise mais atenciosa pois segundo o grupo, o acampamento estaria montado em uma área de domínio da União e não propriedade da COSIPAR e que a execução da Ordem Judicial, só deve acontecer sendo observado o que preconiza o Manual que orienta trabalhos neste sentido.
O grupo argumenta ainda que a área usada pela COSIPAR seria de propriedade da União e titulada irregularmente pelo INTERTINS, estando em demanda judicial junto ao STF.
