Os vereadores Sérgio Gomes (DEM) e Messias Filho (MDB), rebateram as declarações do parlamentar Ian Cavalcante (PL), que questionou a atuação de pelo menos, sete colegas de parlamento, após votarem contra um requerimento de convocação.
Ian queria que o diretor do Departamento de Tributos e Cadastros Imobiliário, Getúlio de Almeida Silva, fosse convocado para dar explicações sobre supostas denúncias de irregularidades, no departamento, que segundo Ian, ele teria recebido de populares.
O requerimento de convocação foi derrubado e Ian acabou comparando a Câmara, como sendo um “puxadinho” da Prefeitura Municipal.
Sérgio Gomes falou, que antes de qualquer pessoa buscar uma vaga na Câmara, deve conhecer suas atribuições e trabalhar dentro do que norteia o Regimento Interno e Lei Orgânica. “O vereador tem direito de fazer a convocação, só que dentro das condições legais. O vereador Ian, por muitas vezes pensa que tem poder de polícia, uma CPI sim, tem poder de Polícia, mas até para isso, é necessário haver um fato determinado. Ian também pensa, que pode pegar qualquer cidadão e levar para Câmara e fazer pressão com o único intuito de tirar lucros políticos. Mas aqui, ele não vai fazer isso não. Tá enganado. Para a Câmara usar esse tipo de procedimento de convocação, é necessário haver algo concreto, algo real, algo com provas. Daí eu pergunto. Ele apresentou essas provas? Ele trouxe algum indício? Não, ele não apresentou nenhum. Única coisa que chegou aqui, foram reclamações dele próprio, com base em fofoca de rua. Entre fofoca e realidade, a distância é muito grande. Amanhã, se ele chegar na Câmara, e pedir a convocação que qualquer agente público, mas apresentando provas, não tenho dúvidas que ele terá apoio de todos, até porque é nossa obrigação. Mas a obrigação de todo parlamentar é também, fazer um trabalho sério e não tentar usar fake news para denegrir imagem de quem quer que seja”, afirmou Gomes.
O parlamentar ainda disse que Ian tenta usar a Câmara como palanque político e esquece totalmente sua obrigação de legislar.
Já Messias Filho, ponderou que Ian precisa aprender que qualquer requerimento, é indispensável a apresentação de motivos plausíveis e que convença a maioria. “Ele não convenceu e nunca convence, porque tem dificuldade de apresentar fatos que justifiquem seus requerimento. Nesse casos do diretor do departamento de Tributos, ele não chegou a apresentar nenhuma tipo de solicitação de informações ao diretor, para pelo menos, alegar que procurou e não foi respondido. Nem as tais denúncias de irregularidades que ele alega, ele consegue mostrar. Ian confunde ação parlamentar com politicagem. Ele precisa levar o mandato e as pessoas mais a sério”, comentou Messias.
