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sexta-feira, 29 / março / 2024

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ARTIGO: Perspectivas Econômicas para a região do Bico do Papagaio e o Tocantins

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Prevê-se para o mês de agosto o início das obras de construção do Porto Fluvial no município de Praia Norte (TO), que facilitará o transporte fluvial de cargas entre a região do Bico do Papagaio e o Estado do Amazonas, passando pelo Pará e perfazendo um total de cerca de 2 mil km de vias navegáveis. Em uma segunda etapa o Porto deverá ligar o Tocantins ao Oceano Pacífico, seguindo do Amazonas pelo Equador, Peru e chegando até o mar, o que sem sombra de dúvidas alavancará o Tocantins como importante centro logístico brasileiro, proporcionando a geração de novos negócios, empregos e distribuição de renda para o povo tocantinense, principalmente no Bico do Papagaio.

O Porto de Praia Norte será destinado ao embarque, desembarque e transbordo de mercadorias, e aliado à consolidação do sistema multimodal de transportes em nosso Estado, a exemplo do Centro Logístico da Plataforma Multimodal de Aguiarnópolis, dispondo de armazéns, permitirá a integração das ações do futuro porto fluvial à Ferrovia Norte-Sul, interconectando-os. Dessa forma, ampliar-se-ão os atrativos do Estado, reforçando a importância da navegabilidade do rio Tocantins como alternativa para o escoamento de cargas a nível regional e nacional. O Porto será um dos principais responsáveis pela logística da produção industrial de Manaus, uma vez que o grande problema das mais de 420 indústrias que estão localizadas na Zona Franca é com a distribuição da produção. Atualmente, cerca de 80% da produção industrial do Amazonas passam pelo Tocantins.

Nosso Estado está localizado no centro do país, e com a conclusão da Ferrovia Norte-Sul, bem como a navegabilidade do rio Tocantins, que estará completamente possível com a construção da eclusa do Lajeado, aliado à estrutura rodoviária, trará para o Tocantins parte das mercadorias produzidas nas indústrias do Amazonas. Nesse período prevê-se também a finalização da hidrovia do rio Tocantins, ligando Marabá a Tucuruí e Tucuruí a Barbacena, além das obras de ampliação do Porto de Vila do Conde, em Belém (PA). Assim se fará a nova rota de saída do corredor Centro-Norte para o Atlântico e para as diversas regiões do Brasil.

O sistema rodoviário-fluvial tem custo altíssimo, envolvendo formação de comboios e a organização de escolta armada, resultando em fretes de até R$ 13 mil por transporte de carreta, dependendo do destino. No sistema de navegação fluvial e marítimo, o custo médio para uma carreta é de R$ 2.200,00 na rota Belém-Manaus e na rota Porto Velho Manaus, bem mais em conta. Estudos comprovam que o transporte hidroviário e ferroviário tem menor custo em relação ao rodoviário, meio que é utilizado para escoamento de cargas atualmente. Enquanto se gasta R$ 2,80 por quilômetro de rodovia, a ferrovia fica em R$ 0,74 e a hidrovia chega a R$ 0,23, em média. Este diferencial atrairá investidores de todo o Brasil e do mundo para investir no Tocantins, desde que se focalize na integração das plataformas multimodais com as indústrias.

A construção da plataforma logística no Estado do Tocantins trará uma série de vantagens como entreposto da Zona Franca de Manaus, a saber:

1 – Em dois ou três dias o produto será entregue ao consumidor final das grandes regiões do consumo do país;

2 – Possibilidade de armazenagem mais econômica no Tocantins do que em Manaus ou Belém;

3 – Maior ocupação de caminhões, evitando quilômetros vazios;

4 – Abastecimento favorecido, já que o estoque de suprimentos no Tocantins, além de mais próximo, evitará filas no agendamento de carga em Manaus, com transportes programados partindo da nova plataforma logística.

Entretanto, devem-se planejar as ações elencadas acima não só no enfoque do ganho financeiro e econômico para empresas e governos, mas, sobretudo, no potencial de transformação, para melhor, na vida das pessoas direta e indiretamente impactadas por esses projetos. É imprescindível que o povo do Tocantins, em especial do Bico do Papagaio, tenham acesso às benesses advindas do desenvolvimento econômico que só será sustentável na medida em que proporcionar desenvolvimento humano e social daquela região. Para isso, é preciso a ação de governos fortes, coerentes e dedicados a cuidar das pessoas. (Por: Gilberto Cormineiro – Economista/Especialista em Gestão Pública)

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