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sexta-feira, 19 / abril / 2024

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Bico do Papagaio é estratégico para logística do Tocantins

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O Bico do Papagaio vem se consolidando como a região estratégica para a integração da Logística no Tocantins. Geograficamente localizado na entrada da região amazônica e delineado pelos rios Araguaia e Tocantins, o Bico do Papagaio oferece potencial inquestionável para receber e escoar a produção industrial da Zona Franca de Manaus para as regiões Sul e Sudeste, bem como ser um centro de distribuição de alimentos para a região Amazônica e também para o exterior.

Os modais de transporte que integram o Bico do Papagaio são a grande aposta do Governo do Estado e de investidores privados para acelerar o desenvolvimento da região. De um lado, a Ferrovia Norte-Sul, cujos trilhos que cortam a região, entre Aguiarnópolis e Babaçulândia, já foram instalados pela Valec – empresa do governo federal que executa a obra. De outro lado, o transporte hidroviário, mais barato e menos poluente, contempla a região com a navegabilidade, partindo do rio Tocantins até o Pacífico, e passando por Belém até o Atlântico.

O Governo do Estado está ciente do potencial de desenvolvimento do Bico do Papagaio e, em apenas oito meses de administração já empreendeu projetos estruturantes para alavancar este potencial logístico. O principal projeto do Governo é a atração de investidores estrangeiros para a instalação do Porto de Praia Norte. E o Governo tem pressa, no início deste mês de maio, o presidente da Autologística Eurolatina Serviços Ltda, Klaus Weyand, empresa privada que vai construir o porto, recebeu a escritura do projeto, doado pela prefeitura de Praia Norte.

O Porto de Praia Norte será uma rota alternativa de saída do corredor centro-norte, com o Tocantins ao centro, rumo ao Atlântico. O início das obras do porto acontecerá no próximo mês de junho. Trata-se de um empreendimento de grande porte, que contará com investimento da Eurolatina de R$ 372 milhões e vai gerar cerca de mil vagas de empregos diretos para os moradores do Bico do Papagaio. O Governo do Estado entrou com a atração do investimento e realizará a pavimentação asfáltica do acesso ao Porto e de sua área interna.

No local serão instalados estaleiros, balanças para caminhões, centro frigorífico, guindaste e outros empreendimentos. De acordo com Klaus Weyand, o Porto de Praia Norte será construído em oito fases e terá uma área de 75 hectares. O projeto da obra está pronto e aguarda agora a liberação da Licença Ambiental, que já está em andamento no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

Para integrá-lo ao modal ferroviário de transporte, o Governo do Estado já realizou gestões junto à Valec para que seja construída uma linha férrea, com cerca de 120 km de extensão, ligando o Porto de Praia Norte à Ferrovia Norte Sul no município de Aguiarnópolis. A Valec já sinalizou positivamente para o projeto.

Interligado e estratégico, o Porto de Praia Norte colocará o Bico do Papagaio e o Tocantins na rota de três dos principais portos do Brasil: o de Manaus, no Amazonas, de Belém, no Pará, e o de Itaqui, no Maranhão. Com a finalização da obra da eclusa de Tucuruí, no Pará, prevista para setembro, será possível navegar de Manaus até Praia Norte.

Isso significa, na prática, que as indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) não precisarão passar necessariamente por Belém para escoar sua produção para o restante do Brasil. As barcaças poderão navegar de Manaus direto para Praia Norte, desembarcar as mercadorias no porto do município e seguir o restante do trajeto pelo modal rodoviário, através da BR-153, ou pelo modal ferroviário, com a conclusão da Ferrovia Norte Sul.

Redução do custo de frete

Para se ter uma ideia da economia que o Porto de Praia Norte causará no custo do frete das cargas vindas de Manaus, atualmente a maioria das mercadorias produzidas na ZFM com destino ao Sudeste saem da capital amazonense de barco, até Belém. Depois, via rodovia, seguem para Campinas (SP). Segundo estudos da Eurolatina, este trajeto percorre ao todo 4.540 km, tem um custo de R$ 480 por tonelada e demora 12 dias para chegar ao destino.

Seguindo o trajeto de barco de Manaus direto para Praia Norte, a produção da ZFM tem duas possibilidades de escoamento, ambas mais baratas do que a rota atual. De Praia Norte, as mercadorias podem seguir para Campinas via rodovia. Esse trajeto é de 4.700km, mas o tempo do percurso cai de 12 para 8 dias e o custo do frete reduz em 17,5%, caindo de R$ 480 por tonelada para R$ 396 por tonelada de mercadoria transportada.

Se as empresas optarem por escoar sua produção de barco até Praia Norte e, de lá, seguirem via Ferrovia para Campinas, através do ramal da Ferrovia Norte Sul que chegará à cidade paulista de Estrela D’Oeste, o custo do frete cai 58,3%, reduzindo de R$ 480 por tonelada para apenas R$ 200 por tonelada. O tempo do percurso também cai para 8 dias e o trajeto será de 5.120 km.

Segundo o governador Carlos Henrique Gaguim, este é um dos potenciais em que o governo está apostando para desenvolver a região do Bico do Papagaio. “Os estudos são claros. O Porto de Praia Norte vai baratear os custos das mercadorias vindas de Manaus. Além disso, estamos investindo em ferrovia e hidrovia, que são os meios de transporte mais corretos, tanto economicamente, quanto ecologicamente. Queremos um desenvolvimento sustentável para o Tocantins e o Bico do Papagaio está no centro desse desenvolvimento”, disse Gaguim.

Praia Norte é atrativo para entreposto da ZFM

Consciente do potencial logístico que o Bico do Papagaio representa para o Tocantins, o Governo do Estado intensifica negociações com o governo do Amazonas para instalar na região um entreposto comercial da Zona Franca de Manaus.

O Entreposto vai facilitar esse escoamento da produção industrial da ZFM e deverá alavancar outro setor da economia da região e do estado: a produção de alimentos. A idéia do Governo do Tocantins é receber as barcaças com mercadoria da Zona Franca, distribuindo-as para as regiões do país e também para o exterior. Na volta para o Amazonas, as embarcações levarão alimentos produzidos no Tocantins.

Esse novo mercado – apenas a cidade de Manaus tem população de 1,8 milhão de habitantes, será responsável por intensificar a produção de alimentos no Tocantins, pois praticamente toda a produção de alimentos consumida na capital do Amazonas é trazida de outros estados, como o Pará.

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