Em uma cerimônia emocionante, com a presença de cerca de 50 familiares dos oficiais mortos no incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, na Antártida, no sábado (25), a mãe do primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, 45, Nair Santos, chorou muito e disse que filho era “maravilhoso”.
“Ele sempre foi tudo pra mim. Sempre foi um herói.”
O corpo de Santos será enterrado no Cemitério do Caju, na zona portuário do Rio.
A mulher do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, 47, Nilza Costa Figueiredo, contou que era casada há 26 anos. “Foi uma vida de muita alegria. Ele sempre foi um marido muito bom.”
O corpo de Figueiredo seguirá para Vitória da Conquista, na Bahia.
Os corpos dos militares foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro por volta das 11h desta terça-feira (28).
Às 8h50, eles chegaram à Base Aérea do Galeão, onde receberam homenagens da Presidência da República e das Forças Armadas. Os corpos foram trazidos de Punta Arenas, no Chile, em uma aeronave C130-Hércules da FAB (Força Aérea Brasileira).
As homenagens “post-mortem” lembram os atos de bravura praticados no combate ao incêndio. O vice-presidente da República, Michel Temer, lamentou o acidente ao conduzir a homenagem do Planalto, que promoveu os dois oficiais ao posto de segundo-tenente e admissão na Ordem do Mérito da Defesa no grau de comendador.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a “perda é sempre irreparável, mas jamais será esquecida”.
A base militar brasileira de pesquisas na Antártida tinha uma infraestrutura que incluía laboratórios científicos bem equipados, dormitórios e cozinha industrial, biblioteca, oficinas e instalações técnicas para embarcações usadas em expedições. (Folha Online)
