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sexta-feira, 29 / março / 2024

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Demóstenes aponta incoerência, mas elogia privatização de aeroportos

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O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) apontou a contradição do governo federal ao privatizar três dos maiores aeroportos do Brasil: o de Guarulhos, Viracopos e Brasília. Demóstenes lembrou que a privatização de estatais ocorrida nos governos FHC pautou o debate eleitoral nas últimas três eleições presidenciais e ainda rende dividendos políticos. “A mistificação do entreguismo turvou para a população a evidente melhora dos serviços em áreas essenciais, como a telefonia e a infraestrutura”, afirmou.

Para Demóstenes, a decisão de desestatizar os aeroportos brasileiros reconhece o modelo estratégico implantado na década de 1990 e enterra um dos principais capitais políticos do petismo. “O leilão ocorrido nesta semana na BM&FBovespa derrubou o muro da guerra fria ideológica disseminado no Brasil. O simbolismo do ato é inegável, mesmo com o financiamento do BNDES e o controle de 49% das ações por parte da União, duas fórmulas satanizadas pelos estilingues que viraram vidraças”, ressaltou.

Segundo o senador, “a virtude da manobra tem origem no pecado: a concessão dos aeroportos se concretizou porque o governo é incapaz de preparar a Copa de 2014”. Demóstenes disse ainda que o ágio de até 600% e os R$ 24,5 bilhões arrecadados são “imprescindíveis” para tanto. “Passou a bola para a frente para evitar goleadas e rebaixamento. A mudança de visão da Presidência aos 45 minutos do segundo tempo e a necessidade de agradar a anacrônicos de sua turma resultaram em um processo capenga de privatização. Adotá-la mais de 15 anos depois esbarra na atrofia da proposta de execução”, criticou.

De acordo com Demóstenes Torres, os maiores grupos desistiram diante do ágio “monstruoso”, ainda que financiado em 80% por recursos públicos. Na opinião de quem desistiu do negócio, a negociação não é rentável. “Para quem insistiu no negócio, resta crer que o braço longo do Executivo não permitirá que o caldo desande enquanto o país é a vitrine dos dois maiores eventos esportivos do mundo. Para o usuário, o jeito é apertar o cinto e torcer por bom tempo nos próximos anos”, destacou.

Demóstenes disse também que, superado o “mito”,  cabe agora ao governo mirar o futuro e entender que, se a privatização funciona para setores como telefonia, energia e aeroportos, é o momento de aplicá-la nas demais áreas deficitárias do país. Segundo ele, a economia precisa de estradas, portos e ferrovias funcionais tanto quanto o turista merece o melhor ao desembarcar. O senador afirmou que o estado deve investir em áreas como educação, saúde e segurança, nas quais a população está “desguarnecida”.

 “Privatização desse gênero não é a ideal em volume e método, mas estamos mais próximos da rota correta ao retomar o percurso. O radicalismo perdeu o debate e mais uma vez ficou evidente que o crescimento econômico e o desenvolvimento tecnológico não ocorrem no lombo de um estado mastodôntico”, ressaltou. (Cláudio Vincié)

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