- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
quinta-feira, 18 / abril / 2024

- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Dia 7 de Setembro: Bolsonaro ataca instituições e eleições

Mais Lidas

Atraindo milhares de apoiadores na terça, 7, em São Paulo, Brasília e Rio de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro declarou que “só Deus” poderia tirá-lo do poder e intensificou os ataques às instituições e ao sistema eleitoral.

“Queremos eleições limpas, verificáveis, com apuração pública de votos. Não posso participar de uma farsa como a promovida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, disse o presidente de extrema direita, de frente para apoiadores concentrados na Avenida Paulista.

Ao convocar seus apoiadores para manifestações em todo o país no 7 de Setembro, Jair Bolsonaro queria mostrar força, quando ele nunca esteve tão fraco em seus quase três anos no cargo. Sua popularidade está no nível mais baixo e ele está enfraquecido por inúmeras investigações abertas a pedido do Supremo Tribunal Federal contra ele.

A oposição, embora menos mobilizada, também se manifestou, exigindo a saída de um presidente acusado de ameaçar a democracia, de ter administrado de forma lamentável a crise de Covid, assim como a economia: desemprego e inflação quase recordes.

Presente pela manhã em Brasília, Jair Bolsonaro havia declarado que uma “história nova” estava sendo escrita no Brasil. “Seu apoio é fundamental para que possamos seguir em frente. Quero dizer a quem quer me tornar inelegível em Brasília: Só Deus me tirará daqui!”, insistiu ele, aplaudido pela multidão que gritava “Mito, Mito! “.

Jair Bolsonaro corre o risco de ser declarado inelegível por causa de seus reiterados ataques ao sistema de votação eletrônica em vigor no Brasil desde 1996. Ele denunciou repetidamente a fraude, sem nunca fornecer provas.

Para seus detratores, suas críticas são uma estratégia para poder desafiar o resultado até o fim em caso de derrota no próximo ano, como o ex-presidente Donald Trump, a quem ele admira.

Seus partidários, ao contrário, esperam que Jair Bolsonaro vá ainda mais longe: “Estamos aqui para dizer que o presidente e o exército devem intervir. Eles são os únicos que protegem nossa liberdade. A partir deste 7 de setembro, eles podem fazê-lo , “Valdivino Pereira, um metalúrgico marchando em São Paulo, disse.

“O mais preocupante são esses discursos do presidente contra as instituições democráticas, em particular o Supremo Tribunal Federal, sem precedentes desde o retorno da democracia” após a ditadura militar de 1964-1985, declara o cientista político Mauricio Santoro.

No final da tarde, quando a Avenida Paulista começou a esvaziar, onde estavam reunidos 125 mil bolonaristas, segundo dados da Segurança Pública, nenhum grande incidente foi registrado. Mas jornalistas foram molestados em Brasília.

Várias dezenas de manifestantes pró-Bolsonaro se reuniram pela manhã na capital onde a segurança havia sido reforçada, com nada menos que 5.000 policiais, para evitar qualquer relançamento da invasão do Capitólio em janeiro passado, em Washington.

Na noite anterior, centenas de bolsonaristas em caminhões romperam barreiras e entraram na avenida que leva ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, que ameaçaram “invadir”. Na tarde de terça-feira, jornalistas foram violentamente agredidos por bolsonaristas.

Chegado à tarde em São Paulo depois de Brasília, Jair Bolsonaro fez um discurso com tom marcial.

Atacou em particular um dos juízes do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que ordenou a abertura de investigações contra ele e a sua comitiva, nomeadamente por divulgação de informações falsas.

“Ou o chefe deste poder (o Supremo Tribunal Federal) coloca (Moraes) em seu lugar, ou esse poder vai sofrer consequências que ninguém quer”, afirmou.

Comentários claramente ameaçadores, enquanto Jair Bolsonaro já havia apresentado este dia de mobilização como um “ultimato” contra o Supremo Tribunal Federal.

“Não queremos uma pausa. Não queremos brigar com as outras potências. Mas não podemos permitir que ninguém coloque em risco nossa liberdade”, acrescentou, sob aplausos dos manifestantes envoltos nas bandeiras.

Praticamente nenhum deles usou máscara, enquanto, apesar do progresso da vacinação, a pandemia está longe de ser controlada em um país onde mais de 580.000 pessoas morreram de Covid-19. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Últimas Notícias