Em audiência ontem, quarta,12, com a senadora Kátia Abreu, o diretor-geral do DNIT, general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, garantiu à parlamentar que já está tudo praticamente pronto para a publicação do edital de licitação para a derrocagem do Pedral de Lourenço, fundamental para a viabilização hidrovia do Tocantins. O derrocamento é a retirada ou destruição de pedras ou rochas submersas, que impedem a plena navegação do rio Tocantins, no chamado Pedral de São Lourenço, que fica acima das eclusas da Hidrelétrica de Tucuruí. O diretor do DNIT informou ontem à senadora Kátia Abreu que o projeto foi encaminhado à Marinha para parecer definitivo.
O encontro de Kátia Abreu com Jorge Fraxe teve como objetivo tratar sobre o edital da hidrovia. Segundo Kátia Abreu, as obras de derrocamento do Pedral do Lourenço, no Pará, para viabilizar a navegabilidade na hidrovia do Tocantins, estão entre as prioridades. Com a implantação da hidrovia, haverá um impacto para o Tocantins, especialmente na região do Bico do Papagaio, pois já está em andamento a implantação de um porto privado em Praia Norte. A senadora reforçou,ainda, a necessidade de construção, na hidrovia, das eclusas de Estreito e Lajeado, o que deverá ser feito por meio de projetos de Parceria Público-Privada (PPP).
É a segunda vez que a senadora Kátia Abreu reúne-se com Fraxe sobre a hidrovia nos últimos 30 dias. No dia 15 de maio, a Senadora fez ver ao diretor geral do DNIT a necessidade da hidrovia para o escoamento da safra brasileira de soja e milho produzida nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País pelos corredores do chamado Arco Norte, aí incluído o Tocantins, de posição estratégica para o escoamento da produção do país. Essas regiões produzem 52% da soja e do milho colhidos no País, mas 86% dessa produção são escoados por meio de rodovias e portos do Sul e Sudeste. “O deslocamento das cargas encarece os custos do frete, comprometendo a competitividade dos produtos brasileiros vendidos no Brasil e no exterior”, afirmou a Senadora ao defender, junto ao DNIT, uma série de ações para resolver essa questão e viabilizar o escoamento por meio dos modais existentes no Arco Norte.
Além das hidrovias do Tocantins e dos rios Madeira e Teles-Pires Tapajós, a Senadora acredita que as BRs 163, 158 e 153 rotas de escoamento na região.No caso da hidrovia do Tocantins, a EPL já garantiu o edital para este ano. A sustentação foi dada pelo próprio presidente da empresa, Bernardo Figueiredo, por ocasião de sua vinda à Capital, depois de pedido feito pela parlamentar à presidente Dilma Roussef. Bernardo, junto com Kátia Abreu, governador Siqueira Campos e um representante do Banco de Desenvolvimento chinês sobrevoaram, naquela oportunidade, parte do percurso da hidrovia. (ASCOM)