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quarta-feira, 24 / abril / 2024

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Em entrevista exclusiva, Milne Freitas fala sobre disputas dentro do PT e punição

POLÍTICA

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Um dos ícones do Partido dos Trabalhadores (PT), no Tocantins, o suplente de deputado federal e atual superintendente de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Planejamento, Milne Freitas, recebeu a equipe do webjornal Folha do Bico, para conversar sobre o processo polêmico que suspendeu seus direitos partidários. Freitas é um dos nomes mais exponenciais da legenda no Bico do Papagaio.

Na entrevista, Freitas fala do seu inicio na fundação do PT e comenta sobre o atual presidente estadual da legenda, deputado Zé Roberto. Freitas alega perseguição, diz que vai recorrer ajunto a Direção Nacional e que diversos apoiadores de Zé Roberto e Paulo Mourão, continuam ocupando cargos do Governo Marcelo Miranda.

Entrevista Milne Freitas:

1 – Como o senhor avalia a decisão da Direção do Partido dos Trabalhadores em suspender seus direitos partidários?

Equivocada, sou militante desde 1980. Brasília não tinha representação política e mesmo assim o partido foi organizado na informalidade. Fui a uma reunião para criação do núcleo de base do Guará II-DF e de lá sai como secretário geral. São 37 anos ininterruptos de militância. Cheguei em Palmas em 1990, fui o primeiro presidente do PT local, enquanto lutavamos para nós organizar, o atual dirigente deitava em berço esplêndido em cargos de confiança dos governos da época. Não tem nenhum filiado que conheça as regras mais do que eu, por tanto tenho consciência do que está acontecendo. A decisão é arbitrária, decisões deste nível tem que ser coletivas, maquiavelicamente a resolução do 6° Congresso foi posta em votação com a plenária esvaziada propositalmente. Pedimos a verificação de quórum e ditatorialmente a Mesa negou, fazendo aprovar a expulsão de quem continuasse no governo do PMDB, o mesmo que ajudamos eleger. Mas para quê? Qual o projeto do PT? Quais os nomes que teríamos? Porquê romper? Pura perseguição aos companheiros que eram dirigentes do partido até então. É uma retaliação ao Donizeti, a deputada Amália, ao Dr. Cléber, a Gleidy Braga, a Maria Senhora, a dona Raimunda Quebradeira, ao companheiro Gilmar Castro, a Veneranda Elias, Alaíde Carvalho, a mim e a milhares de petistas que não concordam com atitudes oportunistas como estas. Suspender meus direitos é um golpe, é me excluir do debate, da possibilidade de ser eleito deputado federal, ou mesmo de ser cabo eleitoral.

2 – Quais medidas o senhor pretende tomar?

Estou recorrendo a Direção Nacional, última instância, poucas expectativas de sucesso, mas como é direito meu, vou utilizar. Não estou muito preocupado, sair talvez fosse o desejo de muitos dos que andam e convivem comigo. Lamento pela forma. 37 anos construindo e sair enxotado pelas portas dos fundos, o que me realiza é nunca ter sido acusado, preso ou ter minha residência ocupada pela Polícia Federal ao clarear do dia.

3 – A medida de suspensão dos direitos partidários se restringiu apenas ao senhor, a Gleidy Braga e ao Pedro Dias Corrêa, ligados a Construindo um Novo Brasil?

Não, envolve todos os filiados com cargos no Governo do Estado, especialmente os membros da minha corrente interna, a Construindo um Novo Brasil – CNB. Naysangela Tenório, Magno Silva, Miller Ulisses, Cleicivon Martins, Iranildo Bezerra, Luiza Gomes, ligados ou indicados pelo atual presidente e pelo deputado Paulo Mourão continuam incólumes, apenas alguns foram exonerados pelo Governo em função do caráter opositor dos dois parlamentares, não por punição partidária. Eu, Pedro Dias e Gleidy é uma questão simples, risco de nós elegermos e nos tornarmos oposição ao projeto personalista e individual da recente gestão partidária.

4 – A corrente petista ligada a direção estadual possuem membros ocupando cargo no Governo Marcelo Miranda?

Sim, possui e muitos, estes não foram citados, estão em Porto Nacional, Pedro Afonso, em Palmas, estão em todo o estado.

5 – Por quê a resistência da corrente Construindo um Novo Brasil em deixar os cargos no Governo?

Porquê conquistamos no trabalho, na militância, no voto, porquê não é hora de discutir saída ou permanência, porquê nossa equipe está fazendo uma boa gestão nos órgãos onde trabalham, Procon, Secretaria de Cidadania e Justiça, Ruraltins, EFAS e outros tantos. Destaco o excelente serviço prestado pelos companheiros Pedro Dias e Gleidy Braga. Precisávamos sentar todos e juntos com nossa base debatermos que projeto queremos, isto não foi feito. Neste momento em que todos os partidos estão em descrédito junto ao povo e em especial o PT, que durante anos, foi modelo para a maioria do povo, mas que neste momento se iguala pela parte ruim, pela cooptação, pela busca do poder sem saber exatamente o que pensa o povo. Eu queria apenas o direito de buscar minha defesa, recorrer até a última instância, caso perdesse, resignadamente cumpriria com a quarentena suspensiva imposta pela atual direção, tenho 55 anos, família toda criada, por tanto não dependo de cargo para sobreviver, entretanto sou um ser político e nossa tarefa não está conclusa. Vou lutar para ficar e no momento o melhor projeto é o de Marcelo Miranda, aliás o único, o resto é especulação.

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