O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Jacundá, no sudeste do estado, lançou, em junho, um projeto piloto de cultura de alface hidropônica. A estrutura pioneira, à base de plástico PVC e bombeamento automático, foi montada na propriedade do casal Antônio e Gessilene Bardini, sob financiamento de um contrato da linha Mais Alimentos, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), no valor de mais de R$ 33 mil. São quase dois mil metros quadrados onde estão sendo produzidos cinco mil pés da hortaliça. Cultivada em escala programada, a alface tem colheita diária. O produto é vendido diretamente para o mercado local.
Atendido pela Emater há quatro anos, o casal Bardini sempre trabalhou com hortaliças (alface, couve, cheiro-verde e cebolinha), mas no sistema convencional, com plantio na terra. A incidência de doenças transmitidas através do contato com o solo, no entanto, mais a observação sobre boas experiências com hidroponia em municípios vizinhos, incentivou os produtores a progressivamente migrar para a hidroponia – tecnologia que além de gerar hortaliças mais vistosas e de folhagem preservada, demanda menos agrotóxicos.
“A hidroponia é muito vantajosa para o agricultor familiar. O investimento inicial pode ser alto, mas a manutenção é mais fácil e o produto final, tem mais qualidade”, explica o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Wilter Miranda. De acordo com ele, a Emater em Jacundá deve realizar um Dia de Campo da atividade até novembro, para informar e apresentar a possibilidade de hidroponia a outros agricultores.