O Museu Histórico de Alcântara (MHA) reabre suas portas ao público, nesta quinta-feira (4), depois de passar por uma reforma na estrutura física. Inaugurado há sete anos, está instalado num casarão da Praça do Pelourinho.
Órgão da secretaria de estado da Cultura, o MHA é vinculado à administração do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM). Está aberto à visita, de terça-feira a domingo, das 9h às 14h, mediante o pagamento de uma taxa de R$ 1,00.
A reabertura será às 10h e terá na programação duas exposições itinerantes: Josué Montello, da Casa de Cultura Josué Montello que permanecerá aberta à visitação por uma semana e, “Ditadura-direito à memória e direito à verdade”, que poderá ser vista até dezembro de 2011.
A primeira retrata momentos da vida literária e profissional do escritor, composta por 30 painéis com fotografias, recortes de jornal, correspondências e artigos, 150 livros, entre obras, além de um vídeo documentário.
A exposição sobre a Ditadura Militar é um documentário da época do regime militar de 1964 a 1978, doada pela secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República ao Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Mostra o período da repressão política no Brasil. É composta de fotografias, documentos, imagens de pessoas comuns, personalidades políticas, celebridades e artistas falecidos, desaparecidos e presos, textos, letras de música de compositores brasileiros, recortes de matérias jornalísticas da época e de movimentos estudantis secundários e universitários.
“Essa exposição permite que as pessoas tenham acesso a informações de um regime fechado da nossa História. Com esse documentário estamos dando aos historiadores um rico material. Com essas duas exposições o Museu de Alcântara reabre com uma nova museografia”, ressaltou Luiza Raposo, diretora do MHAM.
Sou de São Paulo, visitei o Museu de de Alcântara no dia da reabertura; e fiquei encantada com a ressurreição de uma memória já cotada como inexistente; pois já havia visitado antes aquele Museu, e fiquei muito triste ao ver um legado, sendo menosprezado e a história de um povo largada ao descaso. Fui atendida por uma senhora, que se chamava Maria de Jesus,ela me mostrou em suas palavras o valor e importância do rico acervo,e que ali se encontrava uma herança que independente do nível intelectual de seus filhos, precisava ser compartilhada. Obrigada mais uma vez dona Maria de Jesus; você e as pessoas que trabalharam com a senhora mostraram que um povo sem memória é um povo sem existência.