- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
sexta-feira, 19 / abril / 2024

- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Núcleo de Arqueologia monitora patrimônio no entorno da Usina de Estreito

Mais Lidas

O trabalho é longo e árduo, mas é por meio dele que a história se preserva em meio ao avanço da modernidade e das necessidades do ser humano em abrir novos caminhos, como rodovias e usinas hidrelétricas. No Tocantins, o Núcleo Tocantinense de Arqueologia (NUTA), da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), é quem realiza o trabalho de resgatar a história e não deixar que ela se perca.

Atualmente, o NUTA executa três projetos de levantamento, salvamento e monitoramento do patrimônio histórico, cultural, paisagístico e arqueológico das regiões impactadas pela construção da Usina Hidrelétrica de Estreito (na divisa do Tocantins com o Maranhão), da Ferrovia Norte-Sul e da BR-242.

No Tocantins durante toda a semana, a antropóloga física Drª Eugênia Cunha, professora catedrática presidente da Sociedade Europeia de Antropologia Forense e coordenadora do Mestrado em Evolução e Biologia Humana da Faculdade de Coimbra – Portugal, está orientando os profissionais do NUTA nas análises dos vestígios fósseis humanos das urnas funerárias resgatadas pelas pesquisas arqueológicas realizadas pelo núcleo no Tocantins.

De acordo com a professora e coordenadora do NUTA, Antônia Custódia, nesta semana de orientação da professora Eugênia estão sendo analisadas quatro urnas funerárias encontradas no Sítio Abrigo Santa Helena da Ilha dos Campos, próximo ao Rio Tocantins, área que atualmente está submersa depois da construção da Usina Hidrelétrica de Estreito. E é justamente para que esse patrimônio não se perca, que o NUTA desenvolve esse trabalho por meio do programa Projeto de Levantamento, Salvamento e Monitoramento do Patrimônio Histórico, Cultural, Paisagístico e Arqueológico da região de abrangência da UHE Estreito (SALTESTREITO), construída pelo Consórcio Ceste. “E ela ainda nos dará algumas orientações sobre as urnas encontradas durante o trabalho da BR-242”, acrescentou a coordenadora do NUTA.

Segundo Antônia Custódia, no projeto de SALTESTREITO foram identificados mais de 100 sítios arqueológicos. “Às vezes em um único sítio podemos achar cerca de três mil peças”, contabilizou. Depois de todo esse trabalho de escavação, retirada, análise e identificação, os resultados são entregues ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Além de ser fonte para dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos e publicações científicas”, enumerou Antônia Custódia.

Ciência

“Ler ossos é uma ciência. Decodificamos informações contidas neles, o que nos permite reconstruir episódios da vida e da morte”, explicou a antropóloga. Segundo ela, os ossos contam “estórias” à história. Através da análise dos ossos é possível identificar um perfil biológico, como o sexo, a idade, ancestralidade e estatura, por exemplo. “Podemos saber sobre o crescimento, se havia mortalidade infantil, identificar algumas doenças, como artrose. E ainda entrarmos nos aspetos culturais, como identificar os rituais funerários e padrões de atividades do grupo que habitava no local onde os ossos foram encontrados”, afirmou, acrescentando que a partir dos ossos eles tentam retirar o maior número de informações possíveis.

- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Últimas Notícias