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terça-feira, 23 / abril / 2024

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Obra retrata personagem e a sua luta no Bico do Papagaio nos anos 80

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A manhã desta segunda-feira, 22, começou movimentada no Café Literário do 6º Salão do Livro do Tocantins. Bastante prestigiado, o primeiro lançamento do dia teve na plateia vários jornalistas, escritores, músicos, personalidades regionais, produtores culturais, documentaristas, secretários de governo estadual e municipal, professores, alunos, entre outros.

A programação teve início com a apresentação musical de Abraozinho Boas Maneiras, com as belas canções da MPB. Em seguida, houve o lançamento do livro: “Lurdinha – Pelos Caminhos do Bico do Papagaio”, de Yanna Barbosa de Aguiar. O livro relata a biografia de uma ex-freira gaúcha que optou por morar no Bico do Papagaio nos anos 80. Ela fez parte do grupo do Padre Jozimo com mais duas religiosas francesas, Madalena e Beatriz, que também participaram do lançamento.

Lurdinha foi companheira inseparável do padre assassinado, e no livro ela conta a versão da morte, bem como relata de forma emocionante como funcionava o esquema religioso e sobre a ocupação e desapropriação de terras pelo “Getat” e por pistoleiros que atuavam na região. Para Yanna, a emoção de lançar um livro é de fato como o nascimento de um filho.

Ela disse que o livro não teve apoio, foi produzido por conta própria e que sua maior dificuldade era se situar, pois não conhecia a região. “A primeira etapa da pesquisa foi realizada de forma oral, Lurdinha contou toda a história, e a segunda, foi a pesquisa de campo, quando fui conhecer todos os lugares citados por ela”.

Personagem

Já para Lurdinha foi emocionante ser personagem de um livro. Atualmente morando em Palmas, ela contou que nunca havia imaginado que um dia sua vida seria retratada, mas que seu objetivo principal é que suas memórias possam mostrar a história da parte de quem faz a história, não por parte dos dominadores e que a verdadeira história sempre está na raiz do povo. “Quero que as pessoas que lerem o livro possam ver que a luta nunca é em vão, que sirva de exemplo para nos tornarmos dirigentes e não dirigidos, e que seja a valorização da gente que lutou naquela época e para as pessoas que lutam todos os dias”.

D. Raimunda, que também participou da luta juntamente com Lurdinha e Padre Jozimo, falou sobre as vitórias e derrotas e como conseguiram mudar e transformar uma região de gente tão sofrida, que passou por sérios conflitos e até torturas.

Para encerrar, foi exibido o documentário “D. Raimunda, a quebradeira”, de Marcelo Silva. (Lenna Borges)

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