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quarta-feira, 24 / abril / 2024

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OPINIÃO: Eleições 2020 – Os 3 tipos mais comuns de políticos vistos em ano eleitoral

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Estamos em ano eleitoral, embora em uma situação atípica devido as intempéries advindas da COVID-19, pandemia que assola todo o mundo, trazendo incertezas e até modificações no calendário político das próximas eleições. Mas, mesmo em meio a este clima de incertezas, o processo eleitoral se intensifica cada vez mais, e já é comum ver os pretensos candidatos se apresentarem aos eleitores por meio das mídias sociais, tendo em vista as limitações e normas de distanciamento atualmente impostas na grande maioria das cidades no Brasil.

No passado, nesta época era tempo de receber aquela visita do amigo que há muitos anos não se via, aquele adesivo de manifesta amizade com o fulano de tal e principalmente ver os próprios nas ruas beijando crianças, abraçando as pessoas, entrando nas casas porta adentro para tomar aquele cafezinho ou almoçar sem mesmo ser convidado, sim, me refiro a alguns bons e velhos políticos. Hoje em dia, diante do atual contexto, quase toda essa movimentação fica por conta das redes sociais, mas os atores principais continuam sendo os mesmos já citados.

Afim de tecer um breve comentário, neste ensaio sobre o cenário da pré-campanha eleitoral, à guisa de ilustração, tomando por base as muitas características de alguns políticos, iremos fazer uma explanação dos 3 (três) tipos mais comuns destas ilustres figuras que nesta época normalmente se destacam, senão vejamos.

A primeira, podemos classificar como o “Político Melancia”: Verde por fora e vermelho por dentro. Não me refiro a qualquer posição partidária ou ideológica especificamente, embora as cores citadas possam assim sugerir. Na verdade, com este exemplo, me refiro à habilidade que alguns políticos detêm ao maquiar seus verdadeiros valores e intenções. Embora suas palavras e propostas sinalizem para um lado, dentro de si nutri sentimento totalmente contrário e num eventual mandato acaba por revelar verdadeiramente o que pensa e qual bandeira de fato ele defende.

Em segundo lugar, citamos o “Político Surfista”. Este como o próprio exemplo remete, fica aguardando a melhor onda que possa surfar. É aquele político oportunista, vai para o lado que lhe aparenta vencedor e que esteja no gosto do eleitorado. Para ele não importa se há ou não identidade de pensamento, basta que o partido esteja bem aceito e pronto, lá está ele. Também, depois de eleito, caso a onda não seja mais interessante, simplesmente vai surfar em outros mares, sem o menor ressentimento.

E o terceiro e último exemplo destacamos o “Político Ano Bissexto”. Um ano bissexto é um ano com 366 dias em vez de 365, cada 4 anos acrescenta-se um dia ao final do mês de fevereiro. Semelhante a esta alteração no calendário, alguns políticos também aparecem de 4 em 4 anos e depois de eleitos voltam a desaparecer. E neste ano, acredite, já é possível vê-los por aí nas ruas de nossa cidade, é um fenômeno incrível que em ano eleitoral não falha.

Diante dos 03 (três) dos exemplos acima citados, não se quer ofender ou atentar contra a classe política em geral, mas sim fazer uma provocação que leve a reflexão do eleitor, que é o destinatário final de todo processo e é o detentor do voto. Quanto mais informação e senso crítico, mais consciente será o eleitor no momento do seu voto.

Quantos não se decepcionaram em ver aquele combatente defensor abandonar a causa ou se quer defendê-la depois e eleito? Quantos não se entristeceram ao saber que aquele político fiel e religioso só estava nas igrejas em ano eleitoral e depois desapareceu dos templos? Por isso é importante esta reflexão.

Um eleitor bem informado está menos sujeito à ser enganado, dificilmente será levado ao erro com estas técnicas de persuasão, comumente utilizadas pelos maus políticos, que só pensam em angariar votos e alcançar seus objetivos pessoais.

Neste ano, para não ser ludibriado e ao final se ver mais uma vez decepcionado, pesquise, busque saber a trajetória de seu candidato e se de fato seu histórico de vida condiz com suas promessas. Veja se de fato o pretenso candidato nutri os valores que apregoa e não é só mais uma onda que tenta surfar para agradar o eleitorado. Se pergunte se alguma vez este candidato já defendeu alguma demanda ou projeto que interesse ao seu bairro, sua região, por exemplo.

Enfim, são inúmeras as classificações que podem ser construídas e não poderão ser exauridas neste breve ensaio, contudo, fica um importante recado, a arma do eleitor é a informação, votar de forma consciente é a melhor maneira de contribuir com a mudança na política e assim alijar aqueles que só visam benefício próprio e não tem o menor pudor de ajustar o discurso a cada instante na busca por votos, sem nenhum compromisso à não ser consigo mesmo.

VALCY RIBEIRO – Advogado

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