Após terem passado mais de 12 dias com os trabalhos paralisados na Superintendência do Incra em Marabá, os servidores do órgão fundiário voltaram às atividades normais nesta segunda-feira, 27. A situação normalizou depois que os trabalhadores rurais acampados nos arredores, integrantes de três movimentos sociais MST, Fetagri e Fetraf levantaram acampamento ainda na noite da última terça-feira, 21.
Contudo, cerca de 50 famílias ainda se encontram acampadas na Praça de Mogno, na Agrópolis do Incra, em área pertencente à Polícia Federal. De acordo com o coordenador estadual do MST, Tito Moura, elas são oriundas do acampamento da Fazenda Piratininga, região localizada a 70 quilômetros de Tucuruí, que estão à espera da desocupação da propriedade para, enfim serem assentados.
“Eles estavam acampados com a gente e ficaram no Incra pois serão os primeiros a receber o acampamento. Algo que já está atrasado”, disse Tito.
A Fazenda Piratininga, segundo o superintendente regional do Incra, Edson Bonetti, em 2009, foi desapropriada e seria organizada no modelo extrativista. Em vez de lotes, as 120 famílias, que na época acampavam lá, morariam em uma agrovila e trabalhariam de forma coletiva nas terras, por meio de técnicas ecológicas.
Porém, as terras do assentamento foram invadidas por jagunços armados, a mando de madeireiros, que estão fazendo o corte da madeira e a devastação das terras. “Já ganhamos na Justiça a mandato de reintegração de pose. Iremos contar com ajuda da Força Tarefa para essa situação”, explicou Bonetti. De acordo com ele, até o final de julho todas as famílias estarão de volta ao assentamento. (Correio Tocantins)