Os professores da Universidade do Estado do Pará (Uepa) farão paralisação de 24 horas no dia 8 deste mês, oportunidade em que sentarão para rodada de negociações com a Secretaria de Estado de Administração (Sead) a fim de tratar de extensa pauta de reivindicações e denúncias contra a atual administração da Uepa. A decisão foi tomada em assembleia geral que aconteceu ontem, a partir das 17h30, que se prolongou até 20 horas, no Centro de Ciências Sociais e Educação – CCSE, campus da Travessa Djalma Dutra, no bairro do Telégrafo, em Belém.
O principal assunto da pauta de negociações diz respeito à revião do plano de carreira, datado de 2006 e que está com defasagem salarial girando em torno de 70%, segundo afirma a coordenadora do Sindicato dos Docentes da Uepa (Sinduepa), professora Elizabeth Lucena. Ela explica que há quatro anos a direção do sindicato não era recebida pelo Governo do Estado para negociações.
De acordo com Elizabeth Lucena, a Uepa recuou da decisão de demitir imediatamente 157 professores contratados, todos com alto grau de capacidade e que ainda não estão nos quadros efetivos do Estado em função de não ter sido aberto concurso público para aproveitá-los, proposta esta que será apresentada durante a rodada de negociações na Sead.
Para completar, Elizabeth informa que desde abril de 2008, a Uepa está sob ‘intervenção’ administrativa. Em decorrência, decisões estariam sendo tomadas sem haver qualquer negociação com os docentes, o Sinduepa e demais funcionários da universidade. A sindicalista informa que já ocorreu demissão de funcionário efetivo, assim como, diminuição de salários, medidas essas que são atribuídas à própria Secretaria de Estado de Administração. Deste modo, afirma Elizabeth que, durante a reunião do dia 8, esses fatos serão esclarecidos.
Durante a assembleia de ontem, explicou a coordenadora do Sinduepa, a maioria dos participantes era formada por professores oriundos dos campi do interior que estavam dispostos a cruzar os braços, porém, eles aceitaram a proposta de esperar até o dia 8 para tomarem uma decisão final. Contudo, garantiu, todos estão em estado de mobilização. (O Liberal)