Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Marabá (Simetal) falaram à imprensa que chegou à entidade a informação de que a Ferro Gusa Carajás, metalúrgica do Conglomerado Vale, vai encerrar as atividades em Marabá. A notícia, segundo o presidente do Simetal, Neiba Nunes Dias, foi repassada por um funcionário da própria indústria.
Segundo Neiba, o sindicato recebeu a comunicação de que um diretor da Vale esteve em Marabá e, durante reunião na Ferro Gusa disse que a siderúrgica, instalada no Distrito Industrial, será desativada. “Nós, como defensores dos postos de trabalho, queremos que a Vale venha publicamente explicar para a sociedade o motivo de estar desativando a siderúrgica em Marabá, se todos a têm como geradora de emprego”, destaca Neiba.
Sobre quantos empregos a siderúrgica gera hoje, Neiba contabilizou 200 postos de trabalho diretos e indiretos e cerca de 900 indiretos já que a empresa também trabalha com mão de obra terceirizada e movimenta em torno de si outras atividades inerentes à produção de ferro-gusa. “Marabá perderá, ao todo, em torno de mil empregos gerados caso haja mesmo o fechamento da siderúrgica”, lamenta o sindicalista.
“É importante, já que as jazidas são daqui da região, fazer com que isso traga lucro para nosso município. Marabá está crescendo em torno desses grandes projetos e o fechamento dessa siderúrgica está totalmente na contramão da expectativa da sociedade marabaense”, salienta Neiba, que veio ao Jornal acompanhado do secretário-geral do Simetal, Airton Alves da Silva; do primeiro-secretário, Agnaldo Silva; e do secretário de Finanças. Robson Porto.
Vale
A Assessoria de Comunicação da Vale, disse que não poderia se pronunciar sobre o caso.
Também procurado o secretário municipal de Indústria, Comércio, Mineração, Ciência e Tecnologia, João de Alcântara Tatagiba, confirmou também ter ouvido rumores sobre o fechamento da Ferro Gusa Carajás e que consultou a Vale sobre o assunto.
Tatagiba disse que ouviu dos executivos da empresa que nada está decidido até o momento e que hoje não há qualquer ordem para fechar a guseira, o que não quer dizer que isso não possa acontecer em breve. (Correio Tocantins)