elo menos 10 casos de calazar foram confirmados em humanos em Tocantinópolis. A cidade fica no extremo norte do Tocantins, na região conhecida como Bico do Papagaio e está em estado de alerta para a doença. Mais de 400 cachorros foram diagnosticados com calazar no município e as autoridades afirmam que a resistência dos moradores em sacrificar os animais está dificultando o controle da doença.
A coordenadora de vigilância epidemiológica da cidade, Vandecy Soares Ribeiro, informou que o novo caso confirmado estava entre os seis casos suspeitos que estavam sendo analisados desde a semana passada. “Ele já está em tratamento, ele foi internado e agora já está em casa, realizando o tratamento das últimas doses em casa e vai ser acompanhado agora por mais um ano”, explicou ela.
Apesar do grande número de casos, a coordenadora descarta a possibilidade de um surto. ” A gente o ano passado teve 12 [casos] e não foi considerado um surto. Então é só mesmo um alerta para a sociedade. Porque se no ano passado todo a gente teve 12 casos positivos e agora até setembro a gente já está com 10 a tendência é aumentar mais”, explica.
A Secretaria de Estado da Saúde enviou uma equipe ao local para avaliar o que pode ser feito para conter o problema.
A doença
O calazar é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui. Ao picar, ele introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania Chagasi. Nas cidades, o número da doença aumenta por causa do grande número de cachorros infectados. A doença calazar não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado. (G1)
