O número de cães sacrificados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) por causa da leshimaniose viscera, conhecida como calazar, aumentou em Araguaína. Dados do CCZ apontam que até o final do mês de maio, já foram 80 casos registrados da doença, com 13 pessoas mortas – 5 de Araguaína e 8 de outros lugares, atendidos e com registro de óbito na cidade – e 830 cães recolhidos e sacrificados.
Lixo nas ruas, animais soltos e desmatamento de áreas verdes são as principais causas do aparecimento da doença na região. “Nós (CCZ) atuamos no controle da expansão do Calazar, porém a população não colabora com a limpeza de seus bairros”, explicou a responsável técnica pela Leshimaniose no CCZ, Shisley Botelho Galvão.
Segundo ela, cidades circunvizinhas a Araguaína e as regiões do sul do Pará e sul do Maranhão também são afetadas e acabam interferindo nos números finais do município. De acordo com a técnica, por ser uma doença de periferia e de cidades em expansão, o calazar envolve questões ambientais e sanitárias. “Se o morador manter seu terreno limpo, podemos controlar ou pelo menos diminuir o número de casos.”
Sintomas
No cão, a doença se manifesta de duas formas: visceral, atingindo órgãos como baço e fígado e de forma cutânea, com o crescimento das unhas e ferimentos na pele que não cicatrizam. Já nos seres humanos, a doença se manifesta de várias formas e se diagnosticada a tempo, pode ser tratada e ser curada.
Números
Humanos
2011 – 80 casos – 13 óbitos (até maio)
2010 – 92 casos – 12 óbitos
2009 – 153 casos – 09 óbitos
Cães
2011 – 1.484 coletas – 329 positivos (até maio)
2010 – 5.220 coletas – 2.500 positivos
2009 – 6.700 coletas – 2.980 positivos
(Jornal do Tocantins)