Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, assinaram nesta quinta-feira (14) um acordo de paz em que os dois países se comprometem a não usar a força um contra o outro.
O documento, assinado na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, também prevê que qualquer controvérsia entre as duas nações será resolvida através de leis internacionais, incluindo o Acordo de Genebra, assinado em fevereiro de 1966.
Os dois países também se comprometem com a boa vizinhança, a coexistência pacífica e a unidade latino-americana.
O encontro entre Maduro e Ali foi mediado pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), pela Comunidade Caribenha (Caricom) e pelo Brasil, que enviou o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim.
A assinatura do acordo é um passo importante para a redução das tensões entre os dois países, que disputam a região do Essequibo, rica em recursos naturais.
No início do mês, a Venezuela realizou uma consulta popular que aprovou a incorporação do Essequibo à sua soberania. O governo venezuelano também autorizou a exploração de recursos naturais na região e nomeou um governador militar para ela.
Desde então, as tensões entre os dois países aumentaram. O governo brasileiro reforçou as tropas militares em Roraima, que faz fronteira com os dois países, e defendeu a resolução da controvérsia por meio de um diálogo mediado.
A próxima reunião entre Maduro e Ali está marcada para ser realizada no Brasil, no prazo de três meses.
O acordo de paz é um resultado positivo para a região e para a estabilidade global.