A ministra chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário, chega nesta quarta-feira, 27, a Xambioá, para acompanhar os trabalhos de busca pelos restos mortais dos ex-combatentes da Guerrilha do Araguaia (1972-1975), conflito armado que buscava derrubar a ditadura militar que governava o Brasil na época.
Guerrilheiros e militares foram mortos em combates na selva amazônica. O conflito se concentrou principalmente no sul do Pará e no Norte de Goiás (agora do Tocantins). Até hoje, dezenas de participantes do movimento estão desaparecidos. O secretário estadual da Justiça e dos Direitos Humanos, Djalma Leandro, participará da visita, representando o governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB).
Buscas
As buscas são organizadas pelo Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA), criado para localizar, recolher e identificar os restos mortais em toda a região da guerrilha. Uma equipe técnica pericial, familiares dos mortos e desaparecidos da guerrilha e representantes do Ministério Público Federal (MPF) também participam das expedições.
Segundo a equipe técnica, as atividades desta etapa seguem até o próximo dia 4 e estão sendo realizadas em dois pontos específicos do cemitério de Xambioá. As buscas foram interrompidas em janeiro e retomadas em maio, após o fim do período chuvoso na região, quando também foi reformulado o GTA, que passou a ser coordenado pelos Ministérios da Defesa, Justiça epela SDH – antes era denominado como Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT) e era comandado exclusivamente pelo Ministério da Defesa.
Ossadas
O GTA foi criado em abril de 2009 pelo Ministério da Defesa. Desde então já foram encontradas dez ossadas na região, mas apenas duas foram reconhecidas: as do guerrilheiro Bergson Gurjão Farias, que usava o codinome Jorge, em 2009; e Maria Lúcia Petit da Silva, em 1996. Peritos do Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal (IML-DF) e da Polícia Federal (PF) trabalham na identificação desses restos mortais, que estão no Hospital Universitário de Brasília (HUB), administrado pela Universidade de Brasília (UnB).
Neste ano, o grupo vai explorar as regiões de Pimenteira, Castanhal deZé Alexandre, Oito Barracas, Fazenda Pai e Filho, cemitério de Xambioáe cemitério de Marabá. São áreas que estão localizadas em Xambioá enos municípios paraenses de Marabá, São Domingos do Araguaia e São Geraldo do Araguaia. (Jornal do Tocantins)
A NOBRE MINISTRA JA PODERIA APROVEITAR E VERIFICAR COMO ANDA A SITUAÇÃO DA AÇÃO SOBRE A MORTE DE ISABEL.
Embora tarde, ainda é possível resgatar parte da história escondida.
Ao longo de vários anos, os governos tentaram justificar as atrocidades do passado com a farsa de um perdão (anistia) que só beneficia o próprio governo, pois quem morreu lutando contra as armas da ditadura e da ausência de governo, foram sepultados sobre o seu próprio sangue, muitas vezes jogados amarrados a pedras ou queimados com uso de pneus, conforme relatos do Livro “Operação Araguaia”. Portanto, ainda é tempo de rever essa famosa anistia e resgatar a valorosa história dos Guerrilheiros, certamente, através da reabertura dos arquivos secretos e punindo os culpados que tanto impediram o país de avançar na conscientização política de seu povo, aquela forma covarde de sofocar movimentos políticos que se posicionavam contra a Ditadura Militar, deve ser reparada através da punição dos verdadeiros agentes do terror que com os recursos do povo matavam o próprio povo que sonhava com a liberdade e democracia. Senhora Ministra, faça valer os direitos humanos, não permite que essa missão seja apena o cumprimento de uma agenda burocrática. Viva a todos os Guerrilheiros que derramaram o sangue em nome da Pátria Brasil.