Esta semana a prefeita de Buriti do Tocantins, Rúbia Amorim (PSB), tentou uma manobra frustrada para amenizar os problemas enfrentados com a greve de servidores da Secretaria Municipal de Saúde. Os profissionais cruzaram os braços desde o dia 25 de fevereiro, hoje terça-feira, 11, a paralisação completou 14 dias.
Rúbia se nega a cumprir um acordo feito entre os trabalhadores e a Prefeitura, em dezembro de 2013, e com a greve a gestora decidiu colocar no lugar dos grevistas, voluntários sem registro profissional no Conselho Regional de Enfermagem (COREN) para exercerem funções de técnicos e auxiliares de enfermagem, enfermeiros e funções afins.
A Lei do exercício profissional de Enfermagem, determina que apenas os profissionais com inscrição no COREN exerçam as funções. Sendo assim, os voluntários e a Prefeitura que venham a trabalhar sem o registro estão infringindo a Lei e sujeitos as penalidades previstas.
Polícia nos grevistas
A gestora de Buriti ainda chegou a solicitar do comando da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar (4ª CIPM), policiamento para garantir a atuação dos funcionários “piratas”, alegando que os grevistas poderiam tentar impedir o trabalho dos sem registro e causar danos à prédios públicos. A 4ª CIPM destacou mais de 80 homens para o município, afim de atender a solicitação da prefeita. Chegando no local, na segunda-feira, 10, a tropa percebeu que tudo não passava de excesso da prefeita e que o movimento era pacífico, sendo descabido a presença de força policial no local.