Letícia Queiroz de Freitas quilombola da comunidade Ilha de São Vicente, no município de Araguatins, no Bico do Papagaio, esteve na última sexta-feira, 16, em uma reunião no Ministério da Educação (MEC), juntamente com o Coletivo de Educação da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI).
Durante a reunião com representantes da Coordenação de Políticas Étnicos-raciais para a Educação Escolar Quilombola, foram apresentadas as dificuldades enfrentadas por estudantes quilombolas no acesso à educação em todo o Brasil.
Em seu momento de apresentação, Letícia destacou que assim como vários quilombos, na Ilha de São Vicente não há escola. Ela explicou a logística de crianças, jovens e adultos para chegar às instituições de ensino na cidade de Araguatins.
Após a travessia de barco, ao chegarem à margem do rio Araguaia, estudantes de todas as idades se arriscam caminhando até suas escolas.
Letícia lembrou ainda que Fátima Barros foi sua maior incentivadora na luta por educação.
“Não é fácil ter acesso à educação sendo quilombola. Apesar de tudo, tive o privilégio de ter como incentivadora a minha tia Fátima Barros, que durante sua vida apoiou jovens dentro e fora do nosso quilombo e dizia para não aceitarmos o que é imposto para nós”.
Ela pediu que os coordenadores tivessem atenção aos pontos abordados na reunião. (Ascom)