A Polícia Federal (PF) realiza nesta quinta-feira, 22, a “Operação Autoimune 2”, uma investigação para apurar alegações de corrupção ativa e passiva, frustração de licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os crimes teriam sido cometidos por empresários, agentes públicos e um agente político no Estado do Tocantins, especificamente na Secretaria Estadual de Saúde.
A PF está cumprindo dois mandados de busca e apreensão em Palmas, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Tocantins. A investigação se concentra em suspeitas de conluio para fraudar licitações, direcionar contratos e desviar recursos públicos através de um superfaturamento potencial de aproximadamente R$ 2 milhões.
A operação é um desdobramento da Operação Autoimune, realizada em 03 de agosto de 2023, que contou com a cooperação da Controladoria Geral da União (CGU). Nesta nova fase da investigação criminal, a PF busca esclarecer a possível existência e atuação de uma organização criminosa que prejudicou a Secretaria Estadual de Saúde do Tocantins.
Os suspeitos poderão ser indiciados pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, frustração do caráter competitivo de licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 50 anos de reclusão, além da perda de bens e valores suficientes para a reparação do dano decorrente da infração penal.
O nome “Autoimune” foi escolhido para a operação em referência ao fato de que, em vez de cumprir o dever funcional de zelar pelo bem público, os servidores públicos envolvidos estariam “atacando” a Secretaria de Saúde, ao concorrerem para o desvio de recursos públicos.