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segunda-feira, 06 / maio / 2024

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PA: Chuva roubou a cena do Re-Pa que terminou 0 a 0

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A chuva tentou, não deu trégua, insistiu, mas não conseguiu estragar por completo o clássico Rei da Amazônia, disputado neste domingo, 25, no Mangueirão. Depois de 45 minutos de pouco futebol e muita disposição para superar o rival e ainda tentar driblar o aguaceiro, Clube do Remo e Paysandu travaram um duelo equilibrado no segundo tempo, que terminou empatado em 0 a 0, mas proporcionou algums momentos de emoção às duas torcidas. O resultado manteve o Leão na liderança do returno do Campeonato Paraense 2012 e colocou o time alviceleste em terceiro lugar.

Muitos lances truncados, jogadores esbarrando um no outro, as poças d’água como um grande obstáculo e praticamente nenhum lance de perigo criado. Assim foi o primeiro tempo do clássico, prejudicado pela forte chuva que caiu antes, durante toda a etapa inicial e também em alguns minutos do segundo tempo. O temporal, aliás, obrigou o árbitro Dewson Fernando de Freitas a parar a partida por aproximadamente doze minutos. No entanto, pouco adiantou a suspensão temporária, porque o gramado continuou encharcado. Mesmo com essas dificuldades os remistas foram superiores, demonstraram mais interesse, tomaram a iniciativa da partida, enquanto o Papão ficou preso ao campo defensivo.

Já na etapa complementar, com um tempo bem melhor devido à diminuição da chuva, foi o Paysandu que começou melhor, depois das alterações promovidas pelo técnico Lecheva, que colocou o atacante Zé Augusto na vaga do meia Kariri. O time jogou basicamente com três atacantes, uma vez que Thiago Potiguar atuou mais avançado em grande parte do período final.

O Papão teve duas ótimas oportunidades de abrir o marcador. Primeiro com Zé Augusto, que não acertou o chute, embora estivesse livre de marcação; depois com Adriano Magrão, que recebeu passe de calcanhar de Zé Augusto.

Somente a partir dos vinte minutos que o Remo equilibrou a disputa, após a subida da dupla de volantes, André e Jhonnatan, responsáveis tanto por desarmar o ataque alviazul, como por ligar os meias da equipe azulina. Se por um lado os bicolores perderam duas chances reais de gol, por outro o Leão também viu os três pontos de perto. Nos minutos finais do jogo, Jayme lançou para Joãozinho, com total liberdade dentro da grande área, mas o atacante finalizou muito mal, para fora.

Zero para um lado, zero ao outro, e um ponto a mais às duas equipes, que seguem no grupo dos classificados às semifinais do returno.

Árbitro teve que interromper a partida por alguns minutos

Aos 13 minutos do primeiro tempo o árbitro Dewson Fernando de Freitas decidiu paralisar a partida devido à forte chuva que desabou em Belém. O objetivo dele era esperar o temporal passar, ou pelo menos diminuir, para então reiniciar o jogo. A quantidade de água até diminuiu, mas, mesmo assim, o campo continuou encharcado e só melhorou no segundo tempo.

Apesar dos riscos de lesão e das dificuldades para a prática do futebol, os remistas entendem que o juiz acertou em deixar a partida começar mesmo debaixo de muita água. “A situação para ele era muito difícil. Até falei depois do jogo que tinha choque toda hora, falta perto da área e as duas equipes querendo a vitória, mas se o Dewson para, tinha outra parte que ia reclamar. Eu entendo, nesse ponto não dá para julgar, porque a torcida toda estava aí. Se ele não deixa a bola rolar, também traria um prejuízo muito grande. Então, acho que ele tomou a decisão correta, mesmo que ocorresse alguma lesão”, analisa o treinador Flávio Lopes.

O volante Jhonnatan brinca com a situação. “A sensação é muito ruim para nós que não estamos acostumados a jogar polo aquático (risos). Mas, no segundo tempo deu para jogar. O campo melhorou bastante”, diz.

Para o atacante Fábio Oliveira, o árbitro suspendeu o jogo no momento certo. “Ele conversou com os dois capitães, eles acharam melhor continuar a partida. Não atrapalhou em nada, porque em determinado momento ele parou, mas mesmo assim o campo continuou muito alagado. É complicado jogar assim. Nossa equipe é leve, a do Paysandu também. Estragou um pouco o espetáculo”, conta.

Perdoados pelo temporal

Em partida de dois tempos distintos, o técnico Lecheva admitiu que sua equipe foi aquém do esperado na etapa inicial, porém, após o a trégua que a chuva deu, o gramado secou no segundo tempo e possibilitou o toque de bola, principal arma bicolor para criar as jogadas.

 “Mais uma vez o gramado nos prejudicou, tanto que quando a chuva parou e o gramado secou um pouco nós conseguimos tocar um pouco mais a bola, criando boas chances”, considerou Lecheva.

No intervalo do primeiro para o segundo tempo, o treinador alviceleste trocou o ágil Kariri pelo veterano Zé Augusto, causando certo espanto nos torcedores e críticos esportivos presentes no Mangueirão. Mas, o tempo passou e viu-se que Lecheva teve razão na mudança.

 “O Kariri não estava conseguindo jogar naquele gramado, então preferi tirá-lo para povoar um pouco mais o ataque e segurar um pouco a bola na frente, também. Com a entrada do Zé a equipe passou a tocar melhor a bola, principalmente com a ida de Thiago Potiguar para o meio”, completou o treinador, que elogiou a atuação de Potiguar. “Foi quase o jogador de 2010”, concluiu.

No final das contas, para Lecheva, o empate foi um bom resultado para o Papão que foi a oito pontos, permanecendo no G-4. Agora, o Papão voltar a jogar na quarta-feira, novamente no Mangueirão, contra o concorrente direto Independente, que tem sete pontos, mas foi goleado pelo São Raimundo, de virada, dentro do Navegantão, em Tucuruí, no sábado.

Kariri fez tolice pro papai

Destaque bicolor nas ultimas três partidas, Kariri não conseguiu desenvolver o bom futebol que tem apresentado e acabou sendo sacado no vestiário, durante o intervalo do jogo. Ao final da partida, o atleta reconheceu que não esteve bem em campo, pois não conseguiu dar prosseguimento nas jogadas.

 “Choveu muito e com isso não consegui produzir o esperado. Todas as vezes que eu tentava dar continuidade em alguma jogada, ficava preso nas poças de água”, justificou o atleta com ar de tristeza, pois o seu pai veio de Araguaína, Tocantins, para acompanhar o futebol do filho no clássico.

Apesar de ter substituído Kariri, Lecheva não culpou o jogador pelo fraco primeiro tempo do time, porque o treinador considerou a chuva como a grande responsável, já que o Paysandu tem um meio campo leve e de toque de bola. “Tenho jogadores rápidos que conduzem a bola e, com o gramado pesado, prejudica. É por isso que nós procuramos realizar os treinamentos com bola no período da manhã, para fugir da chuva”, alertou.

Mesmo com uma atuação abaixo do esperado, Kariri sabe que o momento não é de se abater. Na quarta-feira já existe outro compromisso. “Agora é seguir trabalhando para estarmos preparados para enfrentar o Independente”, planeja. (Diário do Pará)

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