O descaso absurdo que se transformou o atendimento médico na ala de pediatria e obstetrícia, do Hospital Regional de Augustinópolis, que atualmente funciona provisoriamente no Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Araguatins, já virou caso de polícia. Nesta terça-feira, 18, uma criança de apenas 1 ano e 3 meses foi vítima da falta de atuação de médicos e enfermeiros, além da inoperância da Secretaria de Estado da Saúde (SESAU), que não tomou nenhuma providencia sobre a suspensão dos atendimentos na unidade hospitalar.
Keilane de Azevedo Pinto, deu entrada no hospital, na segunda-feira, 17, com um forte ataque de pneumonia, mas não conseguiu atendimento, pois médico e enfermeiros paralisaram as atividades alegando falta de segurança no local. A criança foi então encaminhada para o Hospital Regional de Araguaína e segundo o pai, João Luís de Azevedo Pinto, a menina e a mãe foram levadas em uma van, sem nenhum tipo de acompanhamento ou assistência.
Chegando em Araguaína, foi constatado que Keilane precisaria de uma UTI, mas no hospital não havia nenhuma vaga disponível. A direção do hospital então conseguiu uma vaga no Hospital Geral Público de Palmas, mas a menina não resistiu e faleceu ainda em Araguaína.
O pai de Keilane, que mora no bairro Vila Cidinha, em Araguatins, estava completamente transtornado de decepcionado com a situação. O corpo da criança chegou na cidade por volta das 3h desta quarta-feira, 19 e será sepultado no cemitério municipal no final da tarde.
O diretor geral do hospital, Alberto Gomes da Silva, se nega a falar sobre qualquer assunto relacionado as confusões e problemas que se instauraram no hospital deste segunda-feira. O diretor diz que somente a assessoria de comunicação da SESAU em Palmas, distante 660 km do fato pode se pronunciar, caso contrario ele perde o emprego.
