A Defensoria Pública do Estado pediu a interdição planejada da Cadeia Pública de Augustinópolis. O pedido foi feito à Justiça. O motivo é superlotação da unidade e precariedades das condições estruturais.
A cadeia, que tem capacidade para 55 presos, está com 128. Em média, 20 presos ficam em cada cela, adequada apenas para oito pessoas. Conforme a coordenadora do Núcleo Especializado de Assistência e Defesa ao Preso da Defensoria Pública (NADEP), Franciana di Fátima Cardoso, seis defensores estiveram no local na última semana e fizeram uma análise da situação carcerária. “Percebemos que além da superlotação há outros problemas, como um adolescente que se encontrava com os presos, ele já foi removido para o centro de internação em Santa Fé do Araguaia”, disse.
A defensora acrescentou que a unidade está em condições precárias, sem banheiros, e os presos precisam fazer as necessidades fisiológicas, como urinar, em garrafas plásticas. Há problemas ainda na alimentação e falta de colchões.
A Defensoria recomendou que a Secretaria de Defesa Social (SEDS) dê assistência aos detentos.
Em nota, a assessoria de comunicação da SEDS informou que ainda não foi oficiada sobre a recomendação, mas que vem tomando as providências “para realizar reformas e ampliações em algumas unidades, inclusive em Tocantinópolis, motivo que levou ao aumento do número de detentos em Augustinópolis”. Segundo a nota, nos próximos dias serão enviados mais colchões para atender os detentos. (Gláucia Mendes – JT)
