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terça-feira, 07 / maio / 2024

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Comissão da Verdade ouve depoimentos no Araguaia

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Representantes da Comissão Nacional da Verdade chegam nesta sexta-feira, 16, à região onde ocorreu a Guerrilha do Araguaia, no sul do Pará. O objetivo é levantar relatos sobre violação dos direitos humanos cometidas no local contra indígenas e camponeses durante a ditadura militar (1964-1985). A região foi palco de um dos episódios mais sangrentos do regime.

Integram a comitiva a psicanalista e coordenadora do grupo de trabalho que investiga o assunto, Maria Rita Kehl, além de assessores e especialistas em temas indígenas.

Nesta sexta-feira o grupo visita a terra indígena Sororó, no município de São Domingos do Araguaia. O local é habitado por índios da etnia Suruí, que recentemente criaram a Comissão da Verdade Suruí para investigar casos de tortura, morte e desaparecimento de índios durante a ditadura.

No sábado, 17, a comitiva segue para Marabá, onde realiza a primeira audiência pública da Comissão Nacional da Verdade fora de uma capital. Na agenda, estão depoimentos de camponeses que foram perseguidos pelo regime.

No domingo, os membros da comissão ouvirão relatos de três ex-soldados que atuaram na repressão a opositores ao regime na região da reserva indígena Sororó.

A intenção é que esses depoimentos ajudem a esclarecer como funcionava a organização militar no local durante o período da ditadura.

Guerrilha Rural

A Guerrilha do Araguaia foi um movimento da luta armada no campo, de iniciativa do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que pretendia derrubar o regime militar.

Ocorreu no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, nos Estados do Pará, Tocantins e Maranhão, e foi combatido pelas forças do Exército de 1972 a 1975.

Em 2009, a Comissão de Anistia determinou indenizações a 44 camponeses paraenses (ou seus parentes) por terem sido torturados, mortos ou perdido as propriedades durante a ação dos militares contra a guerrilha.

No mesmo ano, foi criado o Grupo de Trabalho Araguaia para dar cumprimento à decisão da Justiça Federal de Brasília que determinou a localização e identificação dos corpos dos desaparecidos na guerrilha.

Ex-Guerrilheiros

A Comissão Nacional da Verdade também tem um grupo de trabalho que investiga especificamente os casos relacionados à Guerrilha do Araguaia, também coordenado por Maria Rita Kehl.

As apurações sobre violência praticada contra ex-guerrilheiros serão feitas principalmente em seus Estados de origem, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. (Patrícia Brito – Folha Online)

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