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sábado, 04 / maio / 2024

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OPINIÃO: Antecipando o futuro

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Por: Jorge PontesSem título
Pós-graduando em Administração e Marketing
Graduado em Letras

Quando o espectro do apagão passou a assombrar todas as regiões de nosso país, alguém pensou que a saída seria produzir ferro de passar a brasa. Porém uma outra pessoa viu na crise energética a oportunidade de lançar no mercado roupas inteligentes que não precisariam ser gomadas. Ou seja, um viu a solução no passado e o outro, no futuro. Claro que isso não deixa de ser uma alegoria para ilustrar duas tendências que carregamos dentro de nós. Agora poderíamos nos perguntar em qual destas duas tendências assentamos nosso espírito. Acredito que a grande maioria vive enredada no instinto tribal e na passividade decorrente do sedentarismo e do conforto que amamos tanto.

Assim, enquanto a grande manada humana dorme, alguns espíritos livres se projetam no futuro antecipando tendências. E não raro, estes espíritos livres passam a viver no infortúnio e na solidão por serem incompreendidos ou sofrerem perseguição e resistência dos outros homens. Isso é coisa certa: se queremos mudar alguma coisa, temos de vencer a resistência dos outros. E a principal arma é a persuasão. As instituições, os hábitos e os costumes são forças conservadoras, forças que tendem a preservar a mesmice, o que é sempre igual.

Hoje, alguns dias após a grande tragédia ocorrida em Santa Maria-RS, todo o país preocupado volta seu olhar para as casas noturnas, boates, danceterias, áreas de escolas de samba. Para essa grande mobilização acontecer foram necessárias centenas de jovens mortos, nos mostrando o quanto o perigo estava tão próximo, e ninguém nada fazia. Só então quando a nuvem de fumaça se dissipou foi que passamos a enxergar a grande ameaça, agora, em um ambiente funesto e desolador.

Pela TV pude ver que cidades como São Paulo e Rio de Janeiro estão fazendo uma varredura nas casas noturnas. Em Palmas o processo também se desencadeou. A tragédia serviu de lobby para quebrar a resistência das autoridades e da sociedade. O que estas cidades estão dando início agora, em 2008/2009, já estava em curso em Araguatins graças a um jovem Promotor de Justiça, Gustavo Dorella. Se alguns nunca ouviram falar dele é até natural. O que é incomum é que a essas pessoas seja dada visibilidade, apenas quando morrem. Talvez seja por isso que Balzac nos diz que “a glória é o sol dos mortos”.

Não posso dizer como estão as nossas casas noturnas hoje, Palmeirão, por exemplo. Mas em todas foram realizadas vistorias e todas estavam irregulares, apresentando baixo índice de segurança. Clubes deixaram de funcionar. Só então, um par de proprietários  resolveu se adequar às exigências, e alguns passos foram dados. Houve desenvolvimento de projetos, seguiram determinações de segurança, instalando extintores e saídas de emergência com portas com barra anti-pânico. Mas por estas e outras iniciativas no combate à corrupção, o status quo reagiu às estocadas da rapieira do grande promotor. Touché!

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4 Comentários

  1. O TEMA ABORDADO COM UMA PRECISÃO PELO O Sr. JORGE, MUITO BEM COLOCADO,MÁS DEPOIS DE CENTENAS DE VITÍMAS , AS AUTORIDADES QUEREM MOSTRAR O DEVERIAM TER FEITO HÁ VÁRIOS ANOS, ESPERAMOS QUE NÃO CAIAM NO ESQUECIMENTO LOGO, LOGO!! QUANTAS FAMÍLIAS ESTÃO SOFRENDO NESSE MOMENTO!!! O CARNAVAL VEM AÍ!!!.

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