Desde o início da semana, Sinomar Naves evitava falar sobre a possibilidade de entrar novamente para a história do futebol paraense. O título pelo Cametá seria, e agora é, seu terceiro Parazão na carreira, e o segundo por um time do interior. O destino o escolheu novamente. Agora, o treinador não esconde de mais ninguém que se sente um grande vitorioso.
“Três títulos de campeão! Lógico que neste momento a gente tem que elevar o trabalho que foi feito. A diretoria acreditou. Começamos no Remo e os resultados não vieram. Continuamos no Cametá e os frutos apareceram. O mais importante é a conquista e a força do profissional local”, desabafou instantes após o final da partida.
O título de campeão paraense de futebol 2012 fechou com chave de ouro uma trajetória que começou, curiosamente, no clube que o enfrentou na final. Como técnico do Remo não teve sucesso no cargo e, ainda em fevereiro, acabou demitido após a desclassificação para a fase final do primeiro turno. Do episódio, ele diz não guardar ressentimentos. “Não quero levar por esse lado. Não gostaria de desabafar, já passei do tempo e da idade de guardar rancor, mágoa”, confessa.
No Mapará, ele prefere falar sobre a missão que teve ao assumir o comando do clube em um momento difícil. Trabalhou com a prata da casa e viu que era possível vencer com o grupo. “Às vezes a culpa não é de ninguém, acontece que o resultado não vem, mas se você chega na humildade, com certeza um dia ele (trabalho) é reconhecido”, afirma com uma de suas frases prediletas.
Nascido em Corumbaíba, interior de Goiás, Sinomar Naves tem 58 anos e passagem por vários clubes do futebol paraense, entre eles: Remo, Paysandu, Independente e, agora, o Cametá. Este é o terceiro título estadual da carreira como técnico. O primeiro campeonato veio com o Paysandu, em 2006; depois deu o primeiro título para o interior, no comando do Independente de Tucuruí, em 2011. Agora, a estrela de Sinomar brilhou junto ao time cametaense, o novo campeão estadual, o dono da Taça Açaí.
(Diário do Pará)
