Uma crise generalizada vem tomando conta da educação pública municipal em diversos municípios do Bico do Papagaio. Professores e alunos cobram de quase todas as Prefeituras, melhorias nas condições de ensino, melhores salários, cumprimento da data base, aprovação do Plano de Cargos Carreiras e Salários, uniformes e merenda de qualidade. Nos últimos dias, professores de Augustinópolis, Esperantina, Praia Norte e Aguiarnópolis, organizaram manifestações, cobrando solução para os problemas.
Augustinópolis
No terceiro maior município do Bico do Papagaio, os professores se reuniram em Assembleia na terça-feira, 3, e decidiram realizar uma manifestação nesta quinta-feira, 5, para tentar sensibilizar a prefeita, Dona Deija (DEM) e chamar a atenção para que a Prefeitura pague o reajuste demandado pela classe. Os docentes pediram o apoio da comunidade e solicitaram que não mandem seus filhos para a escola nesta quinta. Eles ainda solicitaram que os pais participem da manifestação que sairá as ruas, a partir das 8h, tendo como ponto de concentração a Praça do Mercado Municipal.
Esperantina
Os docentes já realizaram uma paralisação de advertência e nesta terça-feira, 3, enviaram um ofício ao prefeito, Albino Cardoso (PT), comunicando que a classe entrará em greve na sexta-feira, 6, por tempo indeterminado até que a Prefeitura Municipal atenda as reivindicações. Além dos reajustes salariais na ordem de 26%, os professores cobram melhorias na merenda escolar, que foi alvo de denúncias no mês de maio, onde foram constatadas o uso de lanche com data de validade vencida e também melhorias nos uniformes escolares.
Praia Norte
Já em estado de greve há 10 dias (paralisação começou em 26 de maio), os professores da rede municipal de Praia Norte afirmaram que o prefeito, Jader Pinheiro (PSB), se quer apresentou uma contra proposta, a não ser uma ação na Justiça. “O prefeito acionou a Justiça usando mentiras e nos difamando, chamando-nos de baderneiro, vândalos, dizendo que estamos causando mal irreparável a comunidade. O que será que ele chama de mal irreparável? Será que são as passeatas pelas ruas? Será que é o conteúdo das faixas, que são educativos e reflexivos? Ou será que em Praia Norte, as pessoas não pode reclamar pelas ruas os seus direitos? Será que aqui, é diferente dos demais lugares deste país? Ou será porque não temos um prefeito, e sim um ditador?”, disse o presidente do Sindicato dos Professores e Servidores em Educação do Município de Praia Norte (SINDPROSE), Francisco Frazão de Almeida. Os docentes afirmaram que a greve segue até que o prefeito resolva a situação.
Aguiarnópolis
O município que tem 63 professores efetivos, realizou uma paralisação de advertência nos dias 23 e 26 de maio, com adesão de 100% da categoria. Nesta quinta-feira, 5, às 17h, os docentes se reúnem na sede da Associação dos Professores Municipais de Aguiarnópolis Tocantins (ASPMATO), para decidirem por meio de Assembleia se iniciam uma greve por tempo indeterminado. A secretária geral do ASPMATO, Neurilene Carmo Barro dos Santos, disse que o prefeito Ivan Paz da Silva (SD), tem ameaçado os grevistas prometendo transferências e corte de ponto. A categoria cobra reajuste de 9% e implantação da data base.
