- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
terça-feira, 30 / abril / 2024

- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

AGUIARNÓPOLIS: Em entrevista presidenta da Asa Norte diz que retomará abate e contratações

Mais Lidas

O presidente do grupo Asa Norte Alimentos, que deixou de abater aves no frigorífico de Aguiarnópolis no dia 29 de dezembro, o que acarretou a demissão de aproximadamente 400 funcionários, deu entrevista ao Jornal do Tocantins.

Aroldo Silva Amorim Filho fala que voltará em breve a abater aves no Norte do Estado e que muitos funcionários da empresa serão recontratados paulatinamente. Ele justificou a interrupção alegando que as despesas da unidade estavam sendo pagas pelos acionistas da empresa. Mesmo não sabendo quando o frigorífico voltará à ativa, Amorim Filho manda um recado para os colaboradores demitidos: na terça-feira deve se reunir com o Banco da Amazônia em Belém, para resolver o impasse:

Se em dezembro o Grupo Asa Norte optou pelo fechamento do frigorífico de Aguiarnópolis, o que mudou para a empresa anunciar a retomada da atividade “em breve”?

A continuidade do abate neste momento não é possível por razões de mercado e, principalmente, pela falta de investimentos necessários por parte do governo estadual e do Banco da Amazônia, que impedem a ampliação da produção de aves e a exportação dos nossos produtos. O abatedouro vinha operando com apenas 25% da capacidade prevista. Este fato gerou uma maior incidência dos custos fixos operacionais, que não são repassados ao produto e foram bancados, até então, pelos acionistas da Asa Norte. A empresa continuará seus esforços e gestões para a reversão desta situação no menor prazo possível. Na próxima terça-feira teremos uma reunião com o Banco da Amazônia em Belém (PA) e estamos otimistas sobre o resultado.

Como fica a estruturação da Asa Norte no Tocantins após a decisão de interromper o abate?

Somente o abate foi interrompido. As outras atividades continuam sem nenhum comprometimento como a integração de frango de corte, a fábrica de ração e o incubatório. Expandimos a comercialização de aves vivas para os mercados do Maranhão, Pará e Piauí. Essas aves também estão atendendo à demanda de outra unidade do grupo, a Frango Norte, localizada em Paraíso do Tocantins. Portanto, seguiremos a operação normalmente, aguardando o melhor momento para retomarmos o abate. Para isso necessitamos da pavimentação do pátio e do acesso à planta de Aguiarnópolis, para possibilitar a exportação; e aumentar o número de produtores integrados, que necessitam de financiamento pelo Fundo Constitucional do Norte (FCO).

Bem, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Tocantins (Dertins), disse que a pavimentação será feita após as chuvas. Já o Banco da Amazônia afirmou que não vai fazer novos financiamentos para a Asa Norte. Como o senhor vê essa situação?

Os financiamentos para construção de novas granjas de integração no Tocantins estão suspensas pelo Banco da Amazônia e por enquanto não tem uma previsão de voltar, mas continuaremos com a gestão junto ao banco, visto que não há nenhum integrado inadimplente. No Maranhão, o Banco do Nordeste continua financiando normalmente os integrados da região. Já a pavimentação do pátio e o acesso ao abatedouro foi, desde a concepção do projeto, um incentivo que o governo proporcionaria. Porém, essa promessa, que foi ratificada na inauguração, em maio de 2007, e novamente renovada em outras ocasiões, ainda não se concretizou, impedindo que possam ser firmados os contratos de exportação. Em outubro de 2009 tivemos uma audiência com o governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) e com o senador João Ribeiro (PR) e de novo nos foi prometido o asfaltamento.

O que o leva a apostar em uma resposta positiva nas tratativas com o Banco da Amazônia?

O projeto da Asa Norte tem um alcance social enorme. Está localizado no Bico do Papagaio, uma das 12 regiões do Brasil socialmente prioritárias para o governo federal, devido ao baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A paralisação temporária do abate de frangos reduziu quase 400 postos de trabalho diretos, o que significa mais de 2 mil empregos indiretos na região. Ao todo são 2,4 mil empregos que deixaram de existir. Ficou assim interrompido o crescimento de uma extensa cadeia produtiva, desde a produção de grãos como milho e soja, até a comercialização dos produtos finais (frangos e cortes de frangos) para o mercado interno e externo. São centenas de pequenos e médios produtores e empresários que também foram afetados.

Que expectativa os funcionários demitidos podem ter de reaver o seu emprego?

É preciso ressaltar a qualidade da mão de obra local, que foi treinada e surpreendeu pela excelência. Aproximadamente 90% destes funcionários tiveram sua primeira carteira de trabalho assinada pela Asa Norte. Eles podem ter certeza que retomaremos o abate tão logo se resolvam estes entraves para exportação e dos financiamentos pelos bancos oficiais. Não podemos ainda precisar em quanto tempo isso acontecerá, mas no que depender de nós e de nossos esforços, não demorará muito.

O que vocês farão com essa estrutura de Aguiarnópolis caso isso não aconteça num curto espaço de tempo?

O abatedouro da Asa Norte é um dos mais modernos do País, com todas as características para atender exigentes países importadores, como Japão e União Européia. Já temos inclusive a licença provisória para a Lista Geral para a América Latina, Oriente Médio e alguns países da Ásia. Estamos estrategicamente posicionados e contamos com os modais hidroviário, ferroviário e rodoviário, que nos permite exportar pelos portos de Pecém (CE) ou Itaqui (MA), com custos menores quando comparados com os de Santos (SP) ou Itajaí (SC), responsáveis pela maior parte da exportação do frango brasileiro. Estamos também numa região de pequenas propriedades rurais, propícias para a integração de frangos e a produção de grãos tende a se deslocar das regiões Sul e Sudeste para o Centro-Oeste e Norte. Portanto, acreditamos que a volta do abate de aves é uma questão de tempo.

Como fica a situação do operários que permaneceram na planta?

Os da produção de aves vivas serão mantidos e à medida que crescermos a integração, o quadro tende a aumentar. Manteremos um grupo na manutenção e conservação do abatedouro e outro no setor administrativo. Esperamos recontratar os operários já treinados quando reativarmos o abatedouro. (Webweson Dias – JT)

- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

2 Comentários

  1. Existem pessoas que convivem anos conosco e pouco representam. Outras, ao contrário, surgem em nosso caminho e sem que se espere gravam o nome em nossa existência. Você é esta pessoa.na batalha da vida só vencem os fortes e um homem forte sempre determina o seu destino. Aroldo Silva Amorim Filho esse homen e vc estamos com vc vamos levantar essa empresa juntos, se Deus quiser.abraços

- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Últimas Notícias