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segunda-feira, 29 / abril / 2024

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AUGUSTINÓPOLIS: Após aplicação de laser, menina com corpo coberto de pelos será avaliada nesta segunda-feira

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A menina Kemilly Vitória Pereira de Souza, de 2 anos e 8 meses, que tem o corpo coberto de pelos, voltará ao Hospital Materno Infantil (HMI), nesta segunda-feira, 9, para uma consulta médica. O objetivo, segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, é avaliar se houve reação após a primeira sessão de laserterapia. “Quero ver como a área em que os pelos foram removidos está, se houve alguma alteração na pele”, disse o médico.

O procedimento foi realizado na última quinta-feira, 5, e durou cerca de 40 minutos. Após Kemilly ser sedada, a equipe médica retirou o excesso de pelos com uma máquina e, em seguida, disparou raio laser sobre pontos determinados. “Se tudo der certo, no próximo dia 19 já queremos realizar a segunda sessão. Daí pra frente, ela virá uma vez por mês”, explicou.

O pai da menina, o eletricista Antônio de Souza, relatou que ela está bem e que não se sentiu mal após o início do tratamento. “A pele dela só está descascando um pouco, mas acho que isso é normal. No geral, ela está ótima e estamos na torcida para que consigamos fazer mais uma sessão antes de voltar para casa”, afirmou.

Emoção

Após a primeira sessão de laseterapia, a mãe de Kemilly, a dona de casa Patrícia Batista Pereira, 22 anos, se emocionou ao lembrar dos momentos de preconceito e as dificuldades enfrentadas desde o nascimento da filha, mas garantiu: “Não estou chorando de tristeza, estou chorando de felicidade, porque a gente já lutou muito, sofreu muito mesmo para chegar aqui”, disse, se referindo ao tratamento.

“A gente sabe que será uma dificuldade vir todo mês, porque não temos condições de nos manter aqui. Também será um sofrimento para ela ficar de jejum nos dias de aplicação, mas estamos fazendo o melhor para a nossa filha e um dia ela vai nos agradecer”, diz Patrícia.

A mãe conta que desde o nascimento da menina a família percebeu que os pelos cobriam todo o corpo da criança, mas que eles foram escurecendo ao longo do tempo. “Felizmente, ela é saudável e se desenvolve como uma criança normal. O problema mesmo é o excesso de pelos em todo o corpo. Só os pés e as mãos delas não têm”, destacou.

Segundo a mãe, a aparência de Kemilly causa espanto em muitas pessoas e a família já foi hostilizada várias vezes. Com isso, evita sair de casa. “Muitas crianças não querem brincar com ela”, relata.

Diagnóstico

Antes de iniciar o tratamento, o médico Zacharias Calil avaliou Kemilly e confirmou o diagnóstico de hipertricose lanuginosa, um problema genético de característica hereditária. A má formação também é conhecida como “síndrome do lobisomem” e o único tratamento disponível é a aplicação de laser.

Calil prefere não opinar sobre o resultado final. Diz apenas que o laser é eficaz. “Nós não temos nenhum paciente com esse tipo de patologia e não sabemos como ela vai evoluir. Podemos ter um resultado espetacular ou regular”, explicou.

Com a terapia, o laser atinge uma profundidade de 5 milímetros na pele. Calil acredita que, a princípio, a lanugem (como são chamados os pelos) voltará a crescer, mas com menor intensidade. A longo prazo, o objetivo é destruir a raiz dos pelos. (G1)

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