Em tempos de crise, Axixá do Tocantins parece andar na contramão da maioria dos municípios do país. Quando muitos tentam cortar gastos com folha de pagamento e despesas de manutenção, o prefeito Damião Castro (PMDB), pretende abarrotar a folha de pagamento com mais 216 servidores temporários, em lugar dos 73 aprovados no Concurso Público, feito ano passado e suspenso por meio de uma Ação Civil Pública, proposta a pedido do prefeito, pelos vereadores Negão do Cinda e Genesiano Gomes, ambos do mesmo partido do gestor.
O PL 003/2017, desconsidera a nomeação dos aprovados no concurso e provocará um impacto de cerca de R$ 460 mil, mensais nos cofres público de Axixá. Anualmente isso representa quase R$ 6 milhões, gastos com pessoal sem nenhum tipo de critério de merecimentos. Todos serão de livre escolha de Damião Castro. Em quatro anos, essa soma pode chegar a R$ 24 milhões.
Um estudo feito ano passado, para balizar o concurso público, aponta que seriam necessários cerca de 90 novos profissionais para atender de maneira satisfatória os serviços públicos em Axixá. Baseado no estudo, o certame ofereceu 73 vagas, para os cargos em discrepância. O concurso foi realizado em atendimento a um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), feito entre o Ministério Público e Prefeitura Municipal.
Atualmente o município de Axixá já conta com 432 concursados. Se Castro optasse em não brigar na Justiça para prejudicar os aprovados no concurso, a folha de pagamento passaria para 502 funcionários. Se o gestor permanecer com a ideia de nomear os aliados políticos, a folha passará para 648 fichados.
Lista de cargos temporários no Projeto de Lei
