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sexta-feira, 26 / abril / 2024

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OPINIÃO: Como as ferramentas sociais podem transformar o modo como participamos da política

CIBERDEMOCRACIA

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Nunca o sonho de democracia direta foi tão real, nem esteve tão próximo. E isso por si é suficiente para mobilizar as forças que nas últimas três décadas formataram o mundo que vivemos hoje. A web 2.0, de um modo geral, transferiu poder às pessoas comuns ao se relacionarem umas com as outras e tratarem de tudo em tempo real.

Em quinze minutos, o cidadão poderá fazer uma varredura nas ações do político que ajudou a eleger, sem precisar ir a Brasília. Cada um de nós poderá votar no candidato de preferência ou em qualquer projeto de lei sem sair de casa. As mesmas tecnologias usadas por instituições financeiras como Itaú, Santander, Bradesco, também podem ser aplicadas para solucionar as demandas políticas. Na Estônia isso já funciona – e muito bem. Lá o cidadão escolhe seus parlamentares por voto on-line.

Em nosso país, começa a pipocar formas descentralizadas de ação e intervenção das pessoas por meio das novas tecnologias sociais. E essa nova forma de ativismo – ativismo cibernético ou ciberativismo – ganha mais força com a expansão da internet, queda de preço do smartphone e profusão dos aplicativos gratuitos de criação colaborativa ou voluntária. Nessa linha se inscreve o aplicativo de celular Mudamos+, criado pelo advogado e ex-juiz Márlon Reis e Ronaldo Lemos, para colher assinaturas digitais de apoio a projetos de iniciativa popular. O aplicativo conta com mais de cem mil downloads e uma grande pilha de iniciativas. Eu mesmo tenho compartilhado nas redes sociais, pelo Mudamos, projeto de lei que pretende revogar os mandatos de parlamentares que não cumpram suas funções de maneiro adequada e idônea”. A democracia digital é uma realidade.

Contudo, a política em nosso país vem acompanhando esse desenvolvimento? Claro que não. O que se discute por aqui é como obliterar o futuro, controlar a internet e pôr freios à democracia. O problema da democracia é que a vontade do cidadão, expressa pelo voto, pode barrar os desígnios das grandes corporações e contrariar o equilíbrio gravitacional, ou ainda a ordem natural, do livre comércio. Livre mercado puro e democracia parecem ser inconciliáveis.

Assim, a classe política se viu numa encruzilhada. Com o poder decadente que possui, a quem representar, considerando que a política se apequenou diante do poder privado das instituições que regem os mercados? Como manter a velha ordem, a corrupção e os privilégios na era do cidadão conectado? Hoje temos tecnologia suficiente para transformar as instituições e a estrutura de poder. Diante de iminente ameaça, a classe política simplesmente reage.

O que acontece quando pessoas comuns têm o direito de se expressar, quando a informação não é mais filtrada e enlatada? Talvez não tenha se dado conta disso, mas o status quo detectou o vírus e pretende combatê-lo. Uma forma de fazer isso é arrancando direitos e estabilidade da grande maioria da população. É para isso que serve as duas reformas: a previdenciária e a trabalhista.

Por: Jorge Pontes, funcionário público e presidente do PcdoB, em Araguatins. 

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