Nem Clube do Remo, sequer o Paysandu estão presente na decisão do primeiro turno. Será uma decisão 100% do interior.
Mais uma vez. Em 2011, Independente e Cametá fizeram a final do segundo turno – o Galo Elétrico foi vitorioso. Neste ano, Águia e Cametá reeditam uma final interiorana, consolidando o crescimento do futebol paraense em outras regiões do Estado, em contrapartida, a queda livre dos principais da capital é outra realidade.
Apesar de o Independente ter sido campeão paraense no ano passado, foi o Cametá quem bateu na trave, pois esteve presente nas finais dos dois turnos, contra o Paysandu e Independente, mas não teve êxito. Passando por cima do Clube do Remo na semifinal deste ano, o Águia de Marabá apagou a péssima campanha realizada em 2011, período em que a equipe lutou contra o rebaixamento para a seletiva e retornou a uma final de turno depois de dois anos, quando o Azulão venceu o Leão, na final do returno de 2010.
Para esta final, o time comandando por João Galvão chegou com a pompa de ter a melhor equipe, além de ter sido o primeiro colocado na fase classificatória e de ter eliminado o Remo.
Já o Cametá chega com status de equipe competitiva, porque foi quem ficou o maior período de invencibilidade (sete jogos). O Mapará conseguiu reverter um placar muito desfavorável, já na semifinal, contra a Tuna. O anfitrião do jogo de hoje ainda emplacou o atacante Rafael Paty como o artilheiro da competição com sete gols, porém o atleta recebeu o terceiro cartão amarelo e desfalca o time de Cacaio.
Nenhuma das equipes quer chamar o favoritismo. Pelo lado do Cametá, o elenco aponta o Águia como favorito em função da campanha consistente na competição e também por ter um elenco muito bom e entrosado. Os aguianos rechaçam o favoritismo, mas reconhecem que a vantagem por resultados iguais pode pesar de forma favorável.
Águia usa esquema com três zagueiros
O Águia joga a final do turno com a vantagem de empatar em pontos e saldo de gols. Porém, o técnico João Galvão reforça ao elenco o discurso de que favoritismo e as vantagens do regulamento não entram em campo.
Para a partida, Galvão está atento às dificuldades que encontrará jogando no Parque do Bacurau, principalmente pelo bom futebol que o Mapará mostrou na vitória de 3 a 0 sobre o Tuna, no último sábado, em Cametá. Pensando nisso, Galvão vai aproveitar as ausências dos jogadores Analdo e Rayro, que receberam o terceiro cartão amarelo contra o Clube do Remo para montar a sua equipe no esquema 3-5-2, efetivando Bernardo na zaga, colocando o lateral-direito Júlio Ferrari na ala esquerda para a entrada do destro Léo Rosa. “Estamos estudando com carinho para ver quem entrará no lugar deles. Tenho dúvidas ainda na minha cabeça e só vou tirá-las minutos antes da partida”, despistou Galvão.
Apesar da declaração, sabe-se que a única dúvida de João Galvão está no meio-campo, pois o volante titular Diogo ainda se recupera da lesão sofrida contra o Remo. O reserva imediato é Vagno. Ele não foi confirmado na equipe titular, mas espera corresponder para que a ausência do titular não se torne um problema. “Vou ajudar a equipe da melhor maneira de acordo com as minhas características, para que a gente consiga um bom resultado lá”, completou. (Diário do Pará)
