Nos bastidores, o grupo político do prefeito Júlio Oliveira (Republicano) não tem dúvidas da atuação direta de líderes da Frente Popular nos processos políticos de cassação que o gestor enfrenta na Câmara.
Nesse momento, uma Comissão Processante encaminha o afastamento e cassação do gestor, sob suspeitas de desrespeito ao índice de despesas com pessoal, décit na gestão do orçamento, falhas na arrecadação de tributos e dívida ativa; não realização de audiências para leis orçamentárias; não realização de audiências para prestar contas mensais, quadrimestrais, semestrais e anuas; não prestação de contas ao Legislativo; não encaminhamento para apreciação dos vereadores das contas de 2017; apresentação das leis orçamentárias (LDO, LOA e PPA) fora do prazo; remanejamento de recursos do orçamento sem autorização legislativa e não atendimento aos pedidos de informações da Câmara Municipal.
Júlio nega todas as acusações e considera que as motivações são políticas.
Os nomes do presidente da Câmara, vereador Cícero Moutinho (PL) e do pré-candidato a prefeito, Giltão (PODEMOS), são apontados internamente como operadores das ações dos parlamentares. A irmã do morador Claudenor Pereira Sousa, responsável pelas denúncias contra Júlio, que culminaram Comissão Processante nª 3, Linocir Pereira Sousa, acusou diretamente Moutinho e Giltão de procurarem Claudenor.
Moutinho não se pronunciou sobre a acusação.
Já Giltão ficou indignado com a imputação de seu nome na questão e nega qualquer tipo de envolvimento. Ele ainda afirmou que tomará medidas judiciais sobre a imputação.
Nesta quarta, dia 8, Júlio deve apresentar suas alegações finais junto a Comissão Processante, que depois tem até cinco dias para emitir um parecer sobre o processo e encaminhar para votação em Plenário.