O Congresso derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro aos repasses de R$ 5,7 bilhões para o financiamento de campanhas eleitorais, durante sessão nesta sexta-feira (17). A análise do veto aconteceu em dois momentos, sendo o primeiro com votação dos deputados cuja maioria votou não à manutenção do veto. O placar foi de 317 a 146. Em seguida, os senadores validaram a decisão, atingindo um placar de 53 a 21.
Entre os congressistas paraenses, apenas: Joaquim Passarinho (PSD-PA), Júnior Ferrari (PSD), Paulo Bengtson (PTB) e Vivi Reis (PSOL), foram contra. Todo o restante dos deputados e senadores ou foram a favor ou correram da votação.
Esse dinheiro está previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Na Câmara, partidos do Centrão, incluindo o PL de Jair Bolsonaro, e da esquerda, como o PT, votaram contra o veto. As únicas bancadas que orientaram pela manutenção do veto foram as do PSL, do Podemos, do Psol e do Novo.
Desde 2018 a legislação eleitoral impede doação de pessoas jurídicas para políticos, podendo o financiamento de campanhas ser feito pelo próprio candidato, por doações de pessoas físicas e pelo fundo eleitoral.
O valor final do fundão, porém, ainda pode ser alterado, uma vez que a definição dele é parte da construção da Lei Orçamentária Anual (LOA), prevista para ser votada na próxima semana na Comissão Mista de Orçamento (CMO).