Com foco na prevenção e melhor qualidade de vida, médicos, enfermeiros e agentes de saúde e endemias de Tocantinópolis, participaram na semana passada de um treinamento sobre “Normas Técnicas de prevenção da Raiva Humana e Animal”. Esta capacitação, que já foi levada a profissionais de outros municípios do Estado, foi promovida pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Secretaria de Municipal de Saúde de Tocantinópolis. Ao todo, a capacitação contemplou mais de 100 agentes, sendo profissionais da sede e da zona rural do município.
No auditório do Colégio Dom Orione, os médicos, enfermeiros e agentes de endemias receberam informações e debateram sobre temas como: vigilância epidemiológica – importância das notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde; atualização de dados epidemiológicos de acidentes por animais peçonhentos; atendimento antirrábico humano; armazenamento de soros antivenenos e soro antirrábico – redes de frio; identificação de animais peçonhentos de interesse em saúde; diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos de interesse em saúde e medidas preventivas e controle da raiva.
A iniciativa visa preparar os agentes para atuarem na prevenção e erradicação da Raiva, além de repassar orientações quanto à prevenção e tratamento da doença infecciosa. O treinamento realizado de forma teórica abordou sobre aspectos epidemiológicos, laboratoriais e clínicos da Raiva, além de apresentar medidas preventivas para combater a proliferação do vírus, como vacinação de cães e gatos.
De acordo com o médico veterinário, Rodolfo Braga Nunes este treinamento visa, respectivamente, aprimorar os conhecimentos dos agentes de endemias. “A capacitação é importante por ampliar os conhecimentos e contribuir para a atuação em campo. Esperamos transmitir ao máximo as informações para que todos os envolvidos nesta luta possam atuar com prevenção e erradicação da doença”, destacou o gerente técnico de zoonoses e animais peçonhentos.
A doença
A raiva é uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida por mamíferos, que apresenta dois ciclos principais de transmissão: urbano e silvestre. É uma zoonose de grande importância na saúde pública por apresentar letalidade de 100%. É uma doença passível de ser eliminada no ciclo urbano pela existência e disponibilidade de medidas eficientes de prevenção tanto em relação ao homem quanto à fonte de infecção. As principais fontes de infecção no ciclo urbano são o cão e o gato. No Brasil, o morcego hematófago é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre. Lembrando que as pessoas infectadas pela doença têm no máximo de 7 a 10 dias de vida. Ou seja, o vírus penetra no organismo, se multiplica no local da lesão e atinge o sistema nervoso periférico e posteriormente o sistema nervoso central, levando assim, a pessoa a óbito.
Transmissão da Doença
A transmissão ocorre quando o vírus da raiva, existente na saliva do animal infectado, penetra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura. Para evitar essa transmissão, as Equipes da Rede Municipal de Saúde realizam anualmente e periodicamente a vacinação de animais e de pessoas que foram mordidas ou tiveram contato com animais suspeitos ou com raiva. A Secretaria Municipal de Saúde dispõe de uma equipe de vacinadores, supervisores e coordenadores sempre à disposição para imunizar os animais. (Dirceu Leno)
