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sexta-feira, 26 / abril / 2024

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XAMBIOÁ: Fé e devoção marcam romaria

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Cerca de mil pessoas participaram da 12ª Romaria da Terra e das Águas Padre Josimo, em Xambioá. Durante os dois dias da edição da romaria, no último sábado e domingo, os fiéis lembraram, cantaram e rezaram em favor dos momentos dramáticos de desocupação de terra na região. A morte de Padre Josimo Morais Tavares, em maio de 1986, em Imperatriz (MA), foi consequência da luta pela terra.

No domingo, a caminhada começou às 7h40, e durante o trajeto foram realizadas quatro paradas para reflexão sobre o perdão, justiça, direito e missão. O início da romaria foi presidido por Dom Giovane Pereira de Melo, bispo da diocese de Tocantinópolis, e pela prefeita da cidade, Ione Leite (PP). Ambos recordaram a atuação de padre Josimo na região. Em uma das paradas, Dom Giovane e a prefeita inauguraram o Memorial Padre Josimo, no centro da cidade.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o objetivo da caminhada é chamar a atenção da sociedade para a luta pela Reforma Agrária, por meio do ponto de vista bíblico. “Em Xambioá, ficou viva a memória de todas as lutas pelas quais o padre se envolveu em favor dos posseiros, contra a escravidão e a construção de hidrelétricas”, lembrou Frei Xavier Plassat, coordenador da Campanha Nacional da CPT de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo.

Fiéis

Fiéis vindos de várias cidades da região do Bico do Papagaio, sul do Pará e Maranhão se reuniram aos pés do trevo, onde está a réplica do Cristo Redentor, no cruzamento da TO-164 e a BR-153, para rezar em homenagem às pessoas que contribuíram para o desenvolvimento do Norte do Tocantins. Os romeiros passaram também pela Avenida Araguaia, que fica às margens do rio Homônimo, e em seguida, no último ponto, celebraram uma missa.

Quem conviveu com o padre, sabe a importância de relembrar sua trajetória de vida. “Era ele quem evangelizava e ajudava muitos trabalhadores. Por isso sofreu muita perseguição, porque os latifundiários não queriam que os trabalhadores soubessem os seus direitos”, destacou a lavradora Francisca Vieira, que conviveu com o padre por três anos.

Dorothy

Uma cruz de madeira, vários crucifixos, faixas e cartazes foram levados pelos romeiros para a peregrinação, que homenageou, além do Padre Josimo, a missionária Dorothy Stang, assassinada em 2005. Segundo José Batista Afonso, advogado da família da missionária, todos os culpados foram condenados. “Dorothy foi mais uma vítima na luta pelos trabalhadores”, afirmou.

A romaria faz parte das atividades que marcam o Festival da Abolição, organizado pela CPT e organizações não-governamentais que apoiam a luta do povo pelo direito à terra. (Weberson Dias – Jornal do Tocantins)

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