Agricultores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Ananás e Riachinho, do PA Luar do Sertão, membros do Centro de Direitos Humanos (CDH), Defesa Civil e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Araguaína, estiveram reunidos semana passada em Ananás, para avaliar o avanço dos projetos de plantio de eucalipto na região.
Documentários foram exibidos pela Pastoral da Terra onde mostram casos de conflitos agrários, desaparecimento de espécies de animais, vegetais e de águas em um curto espaço de tempo, nas áreas onde projetos de eucalipto foram implantados. A expectativa é que na região de Ananás e Riachinho, 19 projetos desse tipo sejam estabelecido.
Os agricultores discutiram também os efeitos ambientais adversos do plantio de eucalipto como a retirada de água do solo, tornando o balanço hídrico deficitário, com o rebaixamento do lençol freático e até o secamento de nascentes; o empobrecimento de nutrientes no solo, bem como seu ressecamento; a desertificação de amplas áreas, pelos efeitos alelopáticos sobre outras formas de vegetação e a conseqüente extinção da fauna; a ocupação de extensas glebas de terra, que poderiam estar produzindo alimentos; a criação de empregos apenas durante a implantação do plantio, mesmo assim para mão-de-obra desqualificada, com baixos salários, e o estímulo ao êxodo rural.
A Pastoral da Terra questionou ainda, a facilidade de adquirir as Licenças Ambientais por parte dos responsáveis pelos projetos.
Ao final da reunião o grupo decidiu aprofundar os estudos, através de dados científicos e laudos de profissionais da área e voltarem a se reunir novamente e debater de forma mais aprofundada o assunto.