- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
sexta-feira, 03 / maio / 2024

- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Bancada pró-meio ambiente na Câmara encolhe 20%, mas ganha nomes de peso

Mais Lidas

A bancada de deputados federais comprometidos com o meio ambiente será 20% menor a partir do ano que vem. Oitenta e um parlamentares “verdes” foram eleitos em 2 de outubro, o que representa pouco mais de 15% do total de cadeiras na Câmara dos Deputados.

Nas eleições de 2018, a bancada passou a ter pelo menos 101 nomes. Para identificar quem irá compor o grupo a partir do ano que vem, a reportagem do PlenaMata considerou apenas deputados reeleitos que tiveram mais de 70% de convergência ambiental em suas votações. O índice foi desenvolvido pelo Painel Farol Verde, uma ferramenta que mostra como os parlamentares se posicionaram em relação ao meio ambiente e ao clima. Ela leva em conta o grau de adesão dos legisladores às orientações da Frente Parlamentar Ambientalista, grupo que influencia as diretrizes das políticas ambientais no parlamento.

Dos 81 candidatos a deputados federais pró-meio ambiente que venceram as eleições neste ano, 65 foram reeleitos. Os outros 16 foram eleitos pela primeira vez e têm nomes de peso, como a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), candidata por São Paulo. Em seu perfil nas redes sociais, ela agradeceu os mais de 237 mil votos.

“Estou honrada por representar os paulistas que acreditam na necessidade de promover transformações que reduzam nossas desigualdades e criem as condições para um ciclo de prosperidade que não cause danos ao nosso patrimônio ambiental”, escreveu.

Deputado federal mais votado por São Paulo, com mais de 1 milhão de eleitores, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSol) também promete embates contra a bancada do boi.

Ele é um dos signatários da Carta-Compromisso Agroecologia nas Eleições 2022, da Associação Nacional de Agroecologia (ANA). Outros 25 nomes da nova bancada verde assinam o documento para a construção de políticas públicas que fortaleçam o meio ambiente e a segurança alimentar e nutricional do pequeno produtor e comunidades tradicionais.

O PT foi o partido que mais elegeu representantes pró-meio ambiente, com 47 nomes, seguido pelo PSOL (10), PDT (8) e PCdoB (5). Completam a bancada deputados de outras seis legendas.

Por outro lado, a Frente Parlamentar da Agropecuária, grupo mais organizado da bancada ruralista no Congresso, saiu fortalecida do pleito, reelegendo 127 deputados, sem contar os novos membros. 

O filósofo e um dos fundadores do Instituto Socioambiental (ISA), Márcio Santilli, avalia, no entanto, que o aspecto mais importante do resultado das urnas do ponto de vista ambiental não é quantitativo, mas qualitativo.

“Nós vamos ter, tanto pela direita quanto pela esquerda, expoentes importantes. De um lado, Marina Silva, responsável pela maior redução do desmatamento na Amazônia na história, durante sua gestão no governo Lula. Do outro, Ricardo Salles, o cara da boiada, que promoveu o desmonte das políticas ambientais até então existentes. Será um congresso mais polarizado e isso certamente aquecerá o debate em torno dessa agenda”, destaca. (Reportagem do InfoAmazonia para o projeto PlenaMata)

- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
- Publicidade -
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Últimas Notícias