Até a data em que escrevi este texto, 08 de abril de 2020, chamou minha atenção uma ilustração do Brasil, contendo dados numéricos do percentual de pessoas infectadas, bem como dos casos de óbito. Pasmem, dos 26 Estados e DF que integram a República Federativa do Brasil, apenas o Tocantins não apresentou, até o presente momento, nenhuma morte. Em que pese as baixas em outros Estados também nos causarem tristeza, saber que o Tocantins representa o derradeiro limite do mal que tem assolado inúmeras Nacões, nos traz um pequeno alívio.
Naturalmente, somos movidos a estabelecer uma relação por analogia do atual panorama da Covid-19 no Brasil e os estudos de anatomia, em especial, o sistema esquelético, na parte que aborda o esqueleto axial. Uma das funções dos ossos, é necessariamente, fornecer proteção a estruturas vitais, tais como: encéfalo, pulmões e coração. Quero chamar a atenção para este último órgão mencionado. É como se os demais Estados, desde os mais distantes até os fronteiriços, e, principalmente, a misericórdia divina, formassem um cinturão, uma barreira intransponível de proteção em torno do nosso Tocantins.
Certamente não pela forma, mas pela posição que o Tocantins ocupa no mapa do Brasil, poderíamos sim, considerá-lo o coração de nossa República, compreendemos o porquê de o Tocantins ser o centro geodésico do Brasil.
Sem dúvida, não desejamos contabilizar nem mais um número referente a contágio/óbitos em qualquer que seja o Estado. A proteção ou o risco dependerão, ao menos em parte, das medidas de enfrentamento adotadas pela OMS, Ministério da Saúde e Anvisa, conjugadas com a atuação dos líderes políticos (presidente, governadores e prefeitos) de forma integrada, e da consciência de cada um de nós, em corrigir hábitos e comportamentos inadequados. Enfim, o que todos nós queremos verdadeiramente é que essa avassaladora pandemia acabe de uma vez por todas, que passe logo, e que tudo possa voltar ao normal.
Ravel de Sousa Alves é bacharel em Direito e agente de Execução Penal (Policial Penal)
